sábado, 26 de outubro de 2013


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

REMINISCÊNCIAS DA RUA PRINCESA ISABEL – A SAGA DE FLORIANO - EL BODEGUERO – II

Fonte: ormuzsimonetti.blogspot.com

         ...Naquela época, bodegas, vendas e mercearias, eram pontos de encontro de amigos. A bodega de Floriano, como era conhecida, tinha sua localização bastante privilegiada. Próxima do Grande Ponto, na época centro nevrálgico da cidade de Natal, frequentado principalmente por intelectuais, políticos e homens de negócios. O nome Grande Ponto vem desde a época dos bondes. Ali existia um café com esse nome no cruzamento da Av. Rio Branco com a Rua Pedro Soares, que a partir de 1930 passo a se chamar Rua João Pessoa. Anos depois desaparecia o café, porém o cruzamento eternizou-se com o nome Grande Ponto.

Era passagem obrigatória para quem subia a ladeira do Baldo procedente do Alecrim com destino ao bairro da Ribeira e o centro da cidade, como também os passantes advindos dos arrabaldes de Tirol e Petrópolis, que se destinavam ao populoso bairro do Alecrim. 
     
Bodega de Floriano - Foto 2013


    Apesar da sua excelente localização geográfica, havia ainda a figura emblemática de Floriano, que com ares de magistrado, administrava seu comércio por atrás daquele velho balcão, ao tempo que recebia sem distinção, num contínuo ritual de entra e sai, notórios e anônimos, que para ali se dirigiam em busca das mais recentes notícias da cidade e também para beber na fonte do conhecimento e do entretenimento gratuito, de uma boa e divertida conversa, uma vez que o velho Floriano, além de inteligente era especialista em “causos”, herança passada para seu sobrinho Valério Mesquita, que divertiam seus ouvintes, para não se falar na maior de suas qualidades: a de leitor compulsivo.

         Nas lembranças dos veteranos Jurandyr Navarro e Ticiano Duarte, desde a década de 40, costumavam passar por ali para “dois dedos de prosa”: Sebastião Fagundes. Seu pai era proprietário de um açougue em frente a bodega de Floriano; Luiz Rabelo, oficial da policia militar, boêmio, inteligência privilegiada e uma das maiores expresses da poesia potiguar; os irmão Ageu, Orlando e José Garcia, este último muito querido pelos amigos e de temperamento afável. Foi covardemente assassinado por desafetos de seu irmão mais velho Ageu Garcia, que o tocaiaram na Avenida Rio Branco próximo a casa do padre Monte, em plena luz do dia. Os irmãos Juarez e Vladimir Limeira, fanático torcedor do Vasco. Escrevia matérias sobre futebol no jornal religioso “A Ordem”.  Os irmãos José Estanislau e Tarcisio Fonseca, Sebastião e Sílvio Fagundes, Crizanto, Sandoval e Breno Capistrano que moravam na Av Rio Branco. Breno era piloto de avião e após o casamento mudou-se para Cuba onde permaneceu por vários anos. Joldemar, apelidado de “Touro” e também de “Canela de Ferro”. Era um tipo excêntrico, gostos esquisitos e de estomago de aço. Conta-se que gostava de se exibir chupando mangas caídas nos quintais, preferencialmente as mais maduras que ao cair no chão ficavam cheias de bichinhos (pupas). De outra feita, na bodega de Floriano arrebatou de uma só vez e com rapidez impressionante, um punhado de moscas que estavam pousadas sobre migalhas de açúcar em cima do balcão. Após o bote certeiro, mais certeiro ainda foi o local que ele colocou os insetos: dentro da boca e em seguida os engoliu como se fosse algum regalo de nossa culinária; José do Patrocínio, grande professor de português. Vestia-se com sobriedade e agia com austeridade. Quando corrigia alguém por “assassinar a língua pátria”, chamava-o de “analfa”. Morreu provavelmente de cirrose hepática devido ao consumo excessivo de álcool. Durante o governo de Monsenhor Walfredo Gurgel, Jurandyr Navarro então secretário do gabinete civil, conseguiu para o professor um tratamento em Recife, totalmente custeado pelo Estado. Recusou viajar a capital pernambucana vindo a falece meses depois; Clovis Cabana Campos Cortez; Luiz “Senhora”; Rui “Parrudo”; Jeremias, atualmente aposentado do TCE e Josué que foi gerente do Banco do Nordeste em Natal. Mora atualmente no Recife no bairro de Boa Viagem. Editou por muito tempo um pitoresco jornalzinho com o nome de “Gibi Aquático” que era vendido na praia de Boa Viagem. Como diferencial a excentricidade de ser lido, preferencialmente dentro d’água, visto ter suas páginas protegida por um plástico lacrado nas bordas; o próprio Ticiano Duarte, primo de Floriano e os sobrinhos Valério Mesquita e Ivan Maciel; os irmãos Jurandyr e Jahyr Navarro; Roberto Furtado, um dos fundadores do antigo MDB em nosso Estado; José Estanilsau da Fonseca e Tarcísio Fonseca que formou-se engenheiro; Sílvio Fagundes irmão de Sebastião; os irmãos Crizaldo, Crisanto e Crizeldo; Sandoval Capistrano, conhecido boêmio e empresário; os irmãos Geraldo Melo, Assis Melo e outros.

Gibi Aquático 

Naquela época a brincadeira mais preferida entre os jovens eram as peladas realizadas no leito da própria rua, naquele tempo de chão batido. Daí ter surgido o saudoso Goitacás, time formado pela meninada da rua que disputava campeonatos com times da redondeza.

        
                                                        Foto ilustrativa -

        O futebol se constituía numa das paixões de Floriano, principalmente, quando o Vasco da Gama, de Ademir Menezes (o queixada) estava em campo. Lembro-me de tê-lo visto, algumas vezes, sentado ao lado do balcão com ouvido colado no velho rádio Zenith, vibrando pelas vozes memoráveis dos narradores Jorge Cury ou Waldir Amaral, as acirradas disputas do time de seu coração. Quando o Vasco ganhava ficava todo faceiro e brincalhão, zombava dos adversários. Entretanto, se perdia, o humor modificava. Falava pouco e por vezes chegava a fechar a bodega mais cedo.
             

                                                     Foto internet

       Naquele ambiente pululava entre outras presenças, que por certo serão alvo de futuras narrativas, um verdadeiro séquito de clientes diuturnos, a quem os meninos da época classificavam como “os bebos de Floriano”. Logo pela manhã, iam chegando um a um, como fieis seguidores de uma religião ou mesmo abelhas inebriadas pelo aroma do néctar presente naquela taverna. Pediam uma “caninha” e iam se acomodando nos caixotes de bebidas que serviam de bancos, até que o elenco estivesse completo.

A boemia e as tesouradas em Candelária.

Candelária  tem  boêmios
Que Gostam de poesia.

*Luiz Gonzaga Cortez.

No bairro de Candelária, zona sul de Natal, há dezenas de bares e botecos, lanchonetes e mercearias para todos os gostos e preferências dos seus moradores. Intensa vida noturna. Diversos boêmios e tipos folclóricos gravitam e/ou curtem o conjunto construído em 1975. Há bares que funcionam em antigas casas, perto de pracinhas e fundos de quintais, outros se localizam na principal avenida da capital, a Prudente de Morais, que fecham as portas quando se retira o último freguês. Existem bares apropriados para uma conversa amena, troca de idéias e realização de negócios, assim como há locais onde o barulho impera por causa das possantes caixas de som que poluem o ambiente.
O bar da zoada, como é mais conhecido um dos locais mais populares entre os apreciadores de cervejas e cachaças, tem barulho, mas se conversa numa boa. A zoada é proveniente da gritaria peculiar a alguns boêmios seridoenses. Fica no chamado “triângulo das bermudas”, numa área que compreende a Avenida da Integração, Prudente de Morais e ruas Raposo Câmara e Cruz e Souza. Há outros “triângulos” etílicos no bairro, mas o Bar de Neco é conhecido pelos “altos decibéis” do vozerio dos caicoenses que baixam ali. No “triângulo das bermudas” estão o Bar de Neco, de “seo” Chico, de Niel (Bar São Tomé), Bar da Tesoura, Bar da Saideira, da expulsadeira, do violão e outros mais, além dos churrasquinhos. Como em quase todos os bares, ali também tem mentirosos e fofoqueiros contumazes.  Mas tem figuras meio excêntricas, como o capitão de longo curso conhecido Sr. Guedes.  E não é que ele gostaria de ser um vampiro, dormir em cemitérios! Mas isso é outra história.
Como qualquer bar brasileiro, as conversas giram sobre todos os assuntos e problemas possíveis e imaginários, os temas abordados podem mudar em questão de segundos e as fofocas sobre a vida alheia, política e futebol dominam as preferências. Não escapa ninguém. Os boateiros inveterados gostam de falar de quem está grávida (sem estar), de quem está fumando maconha ou traficando (sem procedências), de quem faliu, dos cornos, dos papudinhos em geral e dos que estão devendo nos bares. Assim como começa, essas conversas terminam sem nenhuma conclusão, sem brigas. Tudo numa boa, às vezes.
O conhecido bar do barulho cordial, o de Neco, se fala alto os principais temas do noticiário da mídia do dia. Quem está fora do fuzuê verbal, à primeira vista, pensa que o pau vai baixar, mas o dono, Neco, fica olhando e sorrindo marotamente. “È assim mesmo, já estou acostumado”, costuma dizer.
Não podemos esquecer os cordelistas, poetas e contadores de histórias de vários matizes. Antonio Morais da Silva, quase nonagenário, natural de Caicó, freqüenta o Bar da Tesoura ( nome já diz tudo) e Antonio Severino Filho, paraibano, baixa no Bar de Chico. O contador de histórias fantásticas Hermany Dantas, Toinho das Bolsas e Cadinha são figuras do pedaço. Cadinha, vixe Maria, também merece uma crônica. Depois eu conto. O grande perigo é você cair numa armadilha dos maledicentes do eixo da maledicência. Uma advertência: os maledicentes são minoritários no grupo da “tesoura”.

Antonio Severino quando está inspirado, sai do trivial. Indagado sobre quem era, ele respondeu: “Sou uma pessoa que adora uma caninha/para saciar os meus desejos/ seja Pitu, Caranguejo/Cinqüenta e Um ou Rocinha/Começo de manhãzinha/vou até ao entardecer/bebendo para esquecer/sem nenhuma alacridade/durmo e sonho com a eternidade/mas sem pensar em morrer”. “Muito bem, poeta! Tome cinco”, grita um parceiro de birita. Um detalhe: Antonio repete muito, nos seus versos improvisados, o nome do planeta Saturno.
No bar da Tesoura, a clientela é da 3ª idade, mas se joga baralho, se ouve Hortêncio Nóbrega cantar e tocar violão. Os caicoenses gostam muito de futebol. Antonio Morais da Silva fez uma trova envolvendo um jogo entre o Caicó Esporte Clube e o Atlético Clube Corinthians, intitulada A Raposa e o Galo. O mote: A raposa comeu o galo sem tirar nenhuma pena. Glosa: Pegamos pelo gargalo/em pleno Avelinão/ sem dó e sem compaixão/ a raposa comeu o galo./Aproveitando o embalo/naquela tarde serena/com tranqüilidade plena/já no começo do ano/o galo entrou pelo cano/sem tirar nenhuma pena”.
Candelária tem outros versejadores, como Sr. Massena (falecido), Bonifácio Soares (está no “estaleiro”, isto é, em tratamento de saúde), José Saldanha (falecido)  André Batista (94 anos, doente), José Rego e Manuel Azevedo, vulgo Mané da Retreta, autor do “Cordel da Cachaça”, um misto de professor, músico e poeta, natural de Santana do Matos/RN.


*Luiz Gonzaga Cortez

Bar de Chico: João Sapateiro e o dono do bar. Atrás, o finado Albano. Data:2011.



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Os boêmios de Mossoró. Memória fotográfica.

lado boêmio mossoroense, nos idos da década de 50 do Século XX,  é mostrado no registro fotográfico 01 (autoria desconhecida) que ilustra este tópico.

no de 1919. O mundo quer voltar a ser alegre e sem problemas, pois, no ano de 1918, terminou o primeiro grande conflito mundial, a Primeira Grande Guerra. E, justamente,  em 05/04/1919, em Mossoró-RN, na esquina mostrada na imagem 01, da atual Rua Cel.

s imagens que ilustram esta postagem retratam, em diferentes épocas,  um dos mais antigos estabelecimentos de ensino da cidade de Mossoró-RN, o Colégio Diocesano Santa Luzia,  parte integrante da história da cidade.

Rua Dr. Almino Afonso,  situada no distrito 600 da zona central de Mossoró-RN, corta o centro da cidade no sentido leste-oeste, ladeia a Praça da Redenção na parte norte, tem o seu início na Rua Machado de Assis e término na Rua Desembargador Dionísio Filgueira.

Rua do Richuelo estava situada no atual distrito 600, zona central, nas proximidades do Mercado Público, com início  na Praça Otávio Lamartine e término na Rua Almino Afonso. Conforme o croqui da cidade em 1883, nele a Rua do Riachuelo se fazia presente.

ua localizada no Centro, da cidade de Mossoró, no distrito 600, ilustrada com imagens de diferentes datas. Tem os seguintes limites: começa na Praça Rodolfo Fernandes, correndo paralela, no sentido sul/norte, entre as Ruas Cel. Gurgel e Cel.

isão panorâmica enfocada nas imagens ilustrativas, mostrando na figura 03 a parte norte da cidade de Mossoró-RN, cujo fotógrafo usou como base de tomada para a foto, posicionando-se em determinado ponto da Av Cunha da Mota, justamente sob a sombra da árvore.

empre fui uma rua madrugadora, nada de sonolências ou ressacas. As atividades que ali se desenvolviam eram o carro-chefe da economia local. Comerciantes, logo ao raiar do dia, estavam nas calçadas com os seus fardos de tecidos e caixas de miudezas.

raça da Igreja Matriz de Santa Luzia retratada na imagem 01 que mostra a igreja com suas torres concluídas. Nesta outra imagem de Praça Matriz de Sta. Luzia, 1904, pode-se vê-la apenas com uma torre.

raça da Igreja Matriz de Santa Luzia, em 1904.

Logradouro histórico, localizado no Centro da cidade de Mossoró-RN, denominado por Praça da Redenção, cujo quadrilátero é ladeado pelas Ruas 30 de setembro, a oeste; Dr.

A Rua Chile, situada no histórico bairro natalense da Ribeira, passou a  ter esta denominação a partir de 01 de agosto de 1932, pelo Ato Municipal nº 12, e publicado no periódico A República, de 03/08/1932.

As imagens 01 e 02, mostram a Praça Padre João Maria, antes denominada de Praça da Alegria, localizada no Bairro Cidade Alta, zona leste, Natal-RN.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Uma sugestão para tira-gosto de cerveja e cachaça?

Tilápia vira hambúrguer, linguiça e risoto em merenda escolar do RN
Comentários 8

Priscila Tieppo
Do UOL, em São Paulo

Tilápia é transformada em hambúrguer e linguiça no Rio Grande do Norte5 fotos

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Projeto iniciado em Apodi (RN) incluiu a tilápia na merenda escolar em diversas formas de preparação, como hambúrguer (foto). Conheça mais sobre o programa, que já atende 3.500 estudantes da cidade, clicando nas fotos acima Divulgação/Sebrae
Hambúrguer, linguiça, risoto, cachorro-quente, almôndegas e sopas, tudo feito com tilápia. Os pratos preparados com o peixe de origem africana fazem parte da merenda escolar de cerca de 3.500 estudantes do município de Apodi, no Rio Grande do Norte.
O projeto foi iniciado na cidade há quatro anos, servindo aos alunos do ensino fundamental e médio apenas filé de tilápia em preparos simples. Hoje, estudantes de 11 escolas em quatro municípios do Estado já consomem o peixe, em preparos diversos.
A ideia de incluir o peixe na merenda surgiu entre os produtores da Aquapo (Associação de Aquicultores de Apodi), uma referência em criação de tilápias no Rio Grande do Norte, e virou realidade com a colaboração do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas).
Através desse programa, a associação fornece às escolas de Apodi cerca de 150 quilos de filé mensalmente, a R$ 17 o quilo.
"Manter os recursos no próprio município é um dos grandes desafios [da administração] e, ao beneficiar criadores locais com a compra direta, o projeto está dando um passo importante para o fortalecimento da economia. Além disso, temos o ganho na saúde das crianças", afirma a coordenadora da carteira de Aquicultura e Pesca do Sebrae Nacional, Newman Costa.
Neste ano, a tilápia também chegou a escolas de Umarizal, Itaú e Severiano Melo. O objetivo é implantar a medida em mais municípios do Estado. A expansão do projeto, promovido pelo Setorial de Piscicultura do Sebrae-RN e desenvolvido pela secretaria estadual de Educação, terá início nos próximos meses.
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Entenda como se faz a bottarga, o "caviar brasileiro" de tainha7 fotos

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No Brasil, a pesca da tainha é permitida por lei entre maio e junho como forma de restringir a retirada em demasia do peixe; empresário usa ovas desidratadas para criar o que chama de "caviar brasileiro" Leia mais Gustavo Roth/Folhapress

Cozinheiras são treinadas para preparar o novo cardápio

Para preparar as novas receitas, foram treinadas 37 cozinheiras de escolas potiguares. Elas receberam orientações sobre como manipular o peixe, desde a limpeza até o processamento do filé da tilápia.
Antes de os pratos serem definitivamente integrados ao cardápio, os alunos participaram de uma degustação para dizer se aprovavam os novos sabores. O resultado foi positivo, de acordo com o Sebrae.
"Pensei que não ia gostar porque é de peixe, mas gostei de tudo, e mais ainda da sopa de legumes com tilápia", diz Neyver Alves, estudante que participou da degustação em Apodi.
Apesar de terem sido criados diversos produtos com tilápia, como hambúrguer e linguiça, a indicação do projeto é que as escolas deem preferência à oferta de filé aos alunos.
"Os pratos devem ser elaborados de acordo com a cultura dos municípios e ingredientes disponíveis. São comuns o mugunzá (espécie de mingau com milho branco) e macarrão com tilápia", afirma o coordenador de aquicultura do Sebrae-RN, Renato Gouveia.

Peixe na merenda aumentou a demanda no Estado

A Aquapo produz mensalmente 1.500 kg de tilápia, mas acredita que o volume deverá crescer. "Acho que o peixe não sai mais da merenda", diz o presidente da associação, Antônio Francisco de França.
"O consumo maior era de outras carnes, como o frango e a carne bovina. Hoje, as pessoas percebem que podem fazer vários pratos com este peixe e isso aumenta a demanda", afirma. Segundo França, a associação fornece o peixe às escolas há três anos.
De acordo com o Sebrae, são produzidas de 80 a 90 toneladas por ano nas associações em que o serviço atua no país. Cerca de 10% do total seguem para a merenda escolar, em programas que também incluem o Piauí e o Espírito Santo.

Tilápia tem sabor suave e é rica em proteína, diz nutricionista

Fonte de proteínas e minerais, a tilápia agrega valores nutricionais à merenda. De acordo com Adriane Antunes, professora do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), 100 gramas do peixe oferecem de 13 a 18 gramas de proteína.
"Vejo como principais vantagens o fato de ser um peixe amplamente criado em cativeiro e de sabor suave. Como algumas pessoas, especialmente crianças, rejeitam a ingestão de peixes devido ao forte aroma e sabor, as características da tilápia tornam essa opção altamente atrativa", afirma.
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Veja imagens do pirarucu, o peixe da Amazônia9 fotos

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O pirarucu é um dos peixes de água doce mais explorados no Brasil. Por conta de seu alto valor comercial (mede 3 metros e chega a 200 kg), está entre as espécies mais suscetíveis à extinção. Um processo de salga está fazendo o peixe ser chamado de "Bacalhau da Amazônia", embora seja diferente do verdadeiro bacalhau Leia mais Jimmy Christian/Divulgação