sexta-feira, 17 de maio de 2013

O mesmo caranguejo, um novo lugar.



Tribuna do Norte - 17.5.2013

O bairro Tirol ganhou um novo point para apreciadores de caranguejo. O Bar do Suvaco, já renomado em Nova Parnamirim e Pirangi há quatro anos, abriu sua terceira casa nesta semana, na rua Ângelo Varela. Além do elogiado crustáceo, o bar traz todo o estilo de boteco autêntico e regional para o bairro badalado, com os mesmos sabores que fizeram sua fama.
Júnior Santos
Caranguejo no coco, temperado com queijoCaranguejo no coco, temperado com queijo

Júnior Santos
No boteco não faltam pastéis de queijo e camarãoNo boteco não faltam pastéis de queijo e camarão
O novo Bar do Suvaco está no local onde funcionou o Pitanga Bar. “Fizemos algumas alterações na ambientação para deixar o lugar mais parecido com um bar, que é a nossa proposta”, diz o proprietário Alberto Nascimento Júnior. São 40 mesas, com direito a uma varanda ligada ao espaço interno, proporcionando um clima arejado aos dois ambientes. A conexão do bar com o futebol vai continuar no novo endereço: serão cinco telões pela casa para acompanhar os campeonatos mais disputados.

Júnior adianta que o cardápio é o mesmo. O caranguejo segue como o carro-chefe do bar, saindo na água e sal ou coco (na panela de barro), a R$4,50. O goiamum sai ao mesmo preço, só na água e sal. A lista de petiscos é grande: há carapeba, o pitu (camarão de água doce) no vapor e no coco (com queijo coalho); arrumadinho (charque em cubos); frango à passarinho; picado de carneiro; paçoca; escondidinhos de carne de sol e camarão; camarões fritos na manteiga e na nata; pastéis (de camarão, carne de sol e charque). Uma invenção original é a brusqueta de camarão (com molho de nata). Segue a lista saborosa de petiscos com medalhão de filé com bacon ou queijo; espetinhos de cordeiro apimentado, língua de boi, carne, asa, queijo, calabresa, entre outros. Fãs de caldos terão nas versões sururu, peixe, ostra, ova, e camarão. Além das cervejas e destilados variados, o bar conta com opções em aguardentes paraibanas e potiguares de alta linha.
Júnior Santos
O espaço onde funcionou o Pitanga agora abriga o Suvaco Bar, especializado em cozinha praieiraO espaço onde funcionou o Pitanga agora abriga o Suvaco Bar, especializado em cozinha praieira

Novos petiscos são prometidos para o cardápio a partir de junho, adianta Júnior, como ostras gratinadas e ao natural, casquinho e patola de caranguejo, e uma feijoada aos sábados. A casa também planeja som ao vivo com samba e chorinho. Segundo Júnior, o Bar do Suvaco espera mostrar suas qualidades para um novo público a partir dessa casa. “Já temos uma clientela seleta na zona sul, mas muita gente dessa área não vai por aquelas bandas. Nós chegamos para esse público, e também para mostrar novidades aos clientes mais antigos”, diz. Júnior afirma que o bar não quer mais ser “suvacado” – gíria para um lugar escondido.

Serviço: Suvaco Bar. R Ângelo Varela, 1033, Tirol. De seg. a  sáb das 14h à 0h, e dom das 11 às 20h. Tel.: 9131-6049/9164-2876. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013


Bud Bar: um cervejeiro até no nome

Publicação: 06 de Setembro de 2012 às 00:00 Tribuna do Norte.

A característica natalense de beber e confraternizar em ambientes abertos foi o que inspirou a criação do Bud Bar, aberto no mês de julho na região conhecida como Alto de Ponta Negra. A casa é um bar temático da Budweiser, a cerveja americana líder mundial em vendas, que chegou ao Brasil depois da aquisição da empresa pela Ambev.
Rogério VitalA cerveja Budweiser, que batiza a casa, também serve de boa companhia para os jogos da seleção e os campeonatos internacionaisA cerveja Budweiser, que batiza a casa, também serve de boa companhia para os jogos da seleção e os campeonatos internacionais

O Bud Bar aposta na receita de sucesso dos botequins brasileiros: tira-gostos tradicionais e cerveja gelada. Lá são servidos espetinhos (R$ 3,90), pastéis (R$ 2,90, duas unidades), caldinho de feijão (R$ 3,90), além de filezinho ao molho de vinho com batata chips (R$ 26,90), e outros, como o camarão empanado e um frango à passarinho diferente, feito apenas de sobrecoxa e já desossado.

Identificado com a marca Budweiser, os esportes também serão uma atração. As série A e B do Brasileirão estarão sempre nas TVs da casa, bem como as disputas de UFC. E também clipes de música. O retorno do natalense ao Alto de Ponta Negra foi o que motivou a empresária Luisa de Góes a abrir o bar, ao lado do marido, Max Fonseca, do restaurante Galo do Alto, funcionando há nove anos na região e que fica vizinho ao novo estabelecimento.

“Tanto o natalense quanto o turista sentiam falta de um bar com essas características, por aqui”, conta Luisa, para quem o Alto de Ponta Negra é uma verdadeira praça da alimentação com opções para todo os tipos de pessoas, que procuram gastronomia e diversão à noite na cidade. Ela lembra que o Alto é o único lugar de Natal que tem isso 365 dias por ano.

Luisa conta ainda que pretende fazer do Bud Bar uma casa especializada em espetinhos. Os atuais são nos sabores tradicionais – carne, queijo, frango, camarão e queijo -, mas preparados ao estilo brochete, intercalando o ingrediente principal com cebolas, tomates e pimentões, além de um farofinha especial. Para o verão, a ideia é criar novos sabores inspirados na cozinha fusion internacional.

Dentre as cervejas servidas, além, é claro, da Budweiser, a campeã de vendas, duas outras têm se destacado, a Bohemia de 600ml e a Stella Artois litrão.

SERVIÇO: BUR BAR - R. Dr. Manoel Augusto Bezerra de Araújo, 143. Ponta Negra (em frente ao Taverna Pub). Funciona de segunda a sábado, das 18h até o último cliente. Cartões: Visa, Mastercard, Rede-shop, Diners e Visa Electron. Tel: (84) 2010 482

Bares antigos de Natal, por Carlos Alberto dos Santos, físico potiguar.



Durante as décadas e 20 e 30 (séc. XX), a Ribeira era o bairro dos ricos de Natal. O Café Magestic reunia o melhor da sociedade natalense da época e era uma marca registrada do bairro.
Em dado momento o proprietário, preocupado com o crescente número de “fiados”, compartilhou sua preocupação com um amigo, também frequentador do Café - poeta, boêmio, dono de um senso de humor apurado - o qual sugeriu ao amigo que afixasse um cartaz no estabelecimento, que ele teria o maior prazer em redigir o texto.
Sugestão aceita. No dia seguinte lia-se em letras garrafais, logo no salão principal do tradicionalíssimo Café Magestic, esta peça rara da literatura brasileira:
Pra que não haja transtorno
Aqui no meu barracão
Só vendo fiado a corno
Fela da puta e ladrão
Fonte: “A Natal que Eu Vi”, de Lauro Pinto.
PS – Conta-se que o número de “fiados” foi quase a zero.
Para você entender que não era fácil fugir do FIADO, diz Evaldo que SEU PAI FALIU POR SUA CAUSA.
Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000.
© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em novembro/2002
veja outros bares neste endereço

Em cada esquina um poeta, em cada beco um jornal. Assim é Natal, boêmia e cheia de bares, com poetas e escritores a dar com pau. Fui buscar na literatura referências a antigos bares natalenses. Garimpei o material relacionado abaixo.
Apesar de tantos bares e botecos, apenas a Confeitaria Delícia teve a primazia de ser imortalizada numa obra exclusiva. Trata-se do magnífico livro de José Alexandre Garcia,Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia, ao qual dedico página exclusiva.
A vida boêmia ocupa boa parte da obra de Diógenes da Cunha Lima (Natal. Biografia de uma cidade), mas ele pouco menciona os nomes dos bares. Quando fala de Albimar Marinho, é um bar atrás do outro. Quando fala de Berilo Wanderley, menciona o bar do Nemésio, mas não diz como se chamava. Não seria Granada Bar?. Alguém aí pode me confirmar?
Diógenes também fala do Bar da Tripa, e conta uma história muito engraçada envolvendo Zé Areia, barbeiro, boêmio, humorista nato, improvisador, satírico e epigramista. Era assim que Diógenes via Zé Areia. A propósito, José Alexandre Garcia fala bastante de Zé Areia, principalmente das suas estripulias na Confeitaria Delícia.
Vingt-un Rosado, com a sua insuperável visão editorial, publicou um pequeno trecho do diário de viagem do americano John dos Passos, quando este visitou o Rio Grande do Norte, lá pelos idos de 1962. Quando descreve sua chegada em Natal, ele diz: Descemos no hotel no centro da cidade. Consegue-se no bar um gim tônico [sic] pouco convidativo, mas não há sanduíches. Algumas pessoas de aspecto desanimador transpiram na entrada do hotel. Não almoçamos. São três da tarde e estamos famintos. Mas só conseguimos para comer algumas fatias de queijo seco. Sem pão. Pela descrição, suponho que John dos Passos esteja se referindo ao Grande Hotel, que era, à época, o melhor hotel de Natal, mas estava localizado na ribeira, e não no centro da cidade.
Boêmio por natureza, Augusto Severo Neto (ASN) refere-se a vários bares no seu agradabilíssimo Ontem vestido de menino. Situado na Tavares de Lyra, o Cova de Onça era um bar parecido com os aristocráticos bares portugueses do Rossio. Durante os anos vinte, trinta e quarenta servia cafezinhos, vermute, cinzano, quinado Constatinno, conhaque Macieira, tudo isso acompanhado de azeitonas e queijo do reino. Entre petiscos, aperitivos e muita conversa política, ficou o dito popular: conversa fiada foi o que fechou o Cova da Onça.
Café Magestic, ficava em frente ao Royal Cinema, bem ali na esquina da Ulisses Caldas com a Vigário Bartolomeu. Quando ASN o conheceu já dava ares de decadência: Semi-pardieiro de água-e-meia, teto metade forrado com tábua de forro de pinho-de-Riga, metade de telha vã, com muita teia, caibros redondos, viga e tesouras descobertas. Deve ter tido melhor vida, senão não teria o lugar que tem no nosso imaginário. Quem conta sua história detalhadamente é João Amorim Guimarães em Natal do meu tempo. João Amorim nos informa que no local do Magestic existia, no início do século XX, o Café Potiguarânia.
Augusto Severo Neto também escreve sobre o bar do Hotel Internacional, o Wonder Bar, o OK Bar e o Zepelim, dos quais me ocuparei na próxima atualização desta página.
Falando sobre Os americanos em Natal, Lenine Pinto refere-se ao Café O Grande Ponto, no centro da cidade, e ao bar do Grande Hotel, na Ribeira, aquele mesmo que deve sido visitado por John dos Passos.
Café São Luís, de tantas histórias, é mencionado por Jeanne Fonseca quando descreve o Grande Ponto.
Em O menino e seu pai caçador, Berilo Wanderley faz um comovente obituário do Bar e Confeitaria Cisne e uma elegia em prosa para o Restaurante Pérola e para o Bar do Nasi, ambos no famoso Beco da Lama.

Veja também

Bibliografia

  1. GARCIA, J.A. Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia Natal: Clima, 1987.
  2. GUIMARÃES, J.A. Natal do meu tempo. Natal: Fundação Hélio Galvão, 1999.
  3. LEIROS, J. Relembranças. Natal: Nossa Editora, 1985.
  4. LIMA, D.C. Natal. Biografia de uma cidade. Rio de Janeiro: Lidador, 1999.
  5. NESI, J.F.L. Caminhos de Natal. Natal: Gráfica Diplomata, 2002.
  6. PINTO, L. Os americanos em Natal. Natal: Sebo Vermelho, 2000.
  7. ROSADO, V. John dos Passos no Rio Grande do Norte. Natal: Gráfica Diplomata, 2002.
  8. SEVERO NETO, A. Ontem vestido de menino. Natal: Nossa Editora, 1985.
  9. WANDERLEY, B. O menino e seu pai caçador. Natal: Clima, 1980.

Bares e Restaurantes no topo da minha memória

Bar Dia e NoiteA PalhoçaSorveteria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão
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Confeitaria Delícia

Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000.
© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em dezembro/2002
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O texto aqui apresentado é inspirado no extraordinário livro de José Alexandre Garcia, Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia (Clima, 1987). Como convém a um material na web, este será apresentado em sucessivas atualizações.
Em 1942, o chileno Jacob Lamas e seu cunhado italiano, Amadeu Grandi fundaram a Confeitaria. O potencial econômico ficou logo evidente, mas a administração do empreendimento era um problema para o representante comercial Jacob e para o alfaiate Amadeu. Estava claro que a confeitaria não podia ocupar o lugar dos ofícios primários dos proprietários. Resolveram vender, enquanto estava no auge.
Sinval Duarte Pereira, filho de Ismael Pereira adquiriu o estabelecimento e convidou o português Olívio Domingues da Silva para gerenciar a Confeitaria. Para Olívio a atividade comercial era inata. O freguês entrava para comprar uma caixinha de fósforo e saía com uma caixa de vinho. Logo a Confeitaria ganhou um reservado para funcionamento de um bar.
Em 1948, Olívio adquiriu o estabelecimento por Cento e vinte mil cruzeiros, uma fortuna! A transação foi acompanhada de fatos cheios de ternura e confiança na honestidade de Olívio. Sinval exigia sessenta mil cruzeiros no ato e sessenta mil em promissórias. As economias de toda a vida não davam ao português mais do que quarenta mil. O patrício Manoel Gonçalves Ribeiro entregou, espontaneamente, os vinte mil cruzeiros para a entrada.
Você começa a me pagar quando começar a ganhar dinheiro, disse antes de ouvir os enternecidos agradecimentos do conterrâneo pobre.
Olívia desejava que Oswaldo Medeiros fosse um dos seus avalistas, mas não tinha coragem para fazer a abordagem. Vejamos, nas palavras de José Alexandre, como se isso se sucedeu.
Oswaldo raramente aparecia na Delícia e quando o fazia era às pressas, só comprava à vista, só pagava à vista, negócio com ele era como Cancão dizia “em cima do pára-lama, pei e pou”. Comprou, pagou. Ainda por cima, era meio caladão, sem muitas intimidades, fidalgo, passara anos estudando na França.
Um belo começo de tarde, inopinadamente, entra Oswaldo no bar. Uma forte azia complicava-lhe a digestão. Pediu um bitter.
Olívio fez das tripas coração. Falou.
O filho de Aureliano não disse palavra. Sentou-se no birô do dono, cavalgou os óculos no nariz e comandou.
-Traga as promissórias.
Olívio ainda duvidava.
-O sr. vai assinar todas, “seu” Oswaldo?
Oswaldo, de Parker 51 em punho, balançou a cabeça afirmativamente.
-Olívio, se num mês, você não tiver o dinheiro todo, me procure que eu completo.
Grossas lágrimas desceram pelo rosto do portuga.
Finalmente era dono e senhor da Confeitaria Delícia.

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Texto revisado em novembro/2002
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Em cada esquina um poeta, em cada beco um jornal. Assim é Natal, boêmia e cheia de bares, com poetas e escritores a dar com pau. Fui buscar na literatura referências a antigos bares natalenses. Garimpei o material relacionado abaixo.
Apesar de tantos bares e botecos, apenas a Confeitaria Delícia teve a primazia de ser imortalizada numa obra exclusiva. Trata-se do magnífico livro de José Alexandre Garcia,Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia, ao qual dedico página exclusiva.
A vida boêmia ocupa boa parte da obra de Diógenes da Cunha Lima (Natal. Biografia de uma cidade), mas ele pouco menciona os nomes dos bares. Quando fala de Albimar Marinho, é um bar atrás do outro. Quando fala de Berilo Wanderley, menciona o bar do Nemésio, mas não diz como se chamava. Não seria Granada Bar?. Alguém aí pode me confirmar?
Diógenes também fala do Bar da Tripa, e conta uma história muito engraçada envolvendo Zé Areia, barbeiro, boêmio, humorista nato, improvisador, satírico e epigramista. Era assim que Diógenes via Zé Areia. A propósito, José Alexandre Garcia fala bastante de Zé Areia, principalmente das suas estripulias na Confeitaria Delícia.
Vingt-un Rosado, com a sua insuperável visão editorial, publicou um pequeno trecho do diário de viagem do americano John dos Passos, quando este visitou o Rio Grande do Norte, lá pelos idos de 1962. Quando descreve sua chegada em Natal, ele diz: Descemos no hotel no centro da cidade. Consegue-se no bar um gim tônico [sic] pouco convidativo, mas não há sanduíches. Algumas pessoas de aspecto desanimador transpiram na entrada do hotel. Não almoçamos. São três da tarde e estamos famintos. Mas só conseguimos para comer algumas fatias de queijo seco. Sem pão. Pela descrição, suponho que John dos Passos esteja se referindo ao Grande Hotel, que era, à época, o melhor hotel de Natal, mas estava localizado na ribeira, e não no centro da cidade.
Boêmio por natureza, Augusto Severo Neto (ASN) refere-se a vários bares no seu agradabilíssimo Ontem vestido de menino. Situado na Tavares de Lyra, o Cova de Onça era um bar parecido com os aristocráticos bares portugueses do Rossio. Durante os anos vinte, trinta e quarenta servia cafezinhos, vermute, cinzano, quinado Constatinno, conhaque Macieira, tudo isso acompanhado de azeitonas e queijo do reino. Entre petiscos, aperitivos e muita conversa política, ficou o dito popular: conversa fiada foi o que fechou o Cova da Onça.
Café Magestic, ficava em frente ao Royal Cinema, bem ali na esquina da Ulisses Caldas com a Vigário Bartolomeu. Quando ASN o conheceu já dava ares de decadência: Semi-pardieiro de água-e-meia, teto metade forrado com tábua de forro de pinho-de-Riga, metade de telha vã, com muita teia, caibros redondos, viga e tesouras descobertas. Deve ter tido melhor vida, senão não teria o lugar que tem no nosso imaginário. Quem conta sua história detalhadamente é João Amorim Guimarães em Natal do meu tempo. João Amorim nos informa que no local do Magestic existia, no início do século XX, o Café Potiguarânia.
Augusto Severo Neto também escreve sobre o bar do Hotel Internacional, o Wonder Bar, o OK Bar e o Zepelim, dos quais me ocuparei na próxima atualização desta página.
Falando sobre Os americanos em Natal, Lenine Pinto refere-se ao Café O Grande Ponto, no centro da cidade, e ao bar do Grande Hotel, na Ribeira, aquele mesmo que deve sido visitado por John dos Passos.
Café São Luís, de tantas histórias, é mencionado por Jeanne Fonseca quando descreve o Grande Ponto.
Em O menino e seu pai caçador, Berilo Wanderley faz um comovente obituário do Bar e Confeitaria Cisne e uma elegia em prosa para o Restaurante Pérola e para o Bar do Nasi, ambos no famoso Beco da Lama.
mapa do site
  1. GARCIA, J.A. Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia Natal: Clima, 1987.
  2. GUIMARÃES, J.A. Natal do meu tempo. Natal: Fundação Hélio Galvão, 1999.
  3. LEIROS, J. Relembranças. Natal: Nossa Editora, 1985.
  4. LIMA, D.C. Natal. Biografia de uma cidade. Rio de Janeiro: Lidador, 1999.
  5. NESI, J.F.L. Caminhos de Natal. Natal: Gráfica Diplomata, 2002.
  6. PINTO, L. Os americanos em Natal. Natal: Sebo Vermelho, 2000.
  7. ROSADO, V. John dos Passos no Rio Grande do Norte. Natal: Gráfica Diplomata, 2002.
  8. SEVERO NETO, A. Ontem vestido de menino. Natal: Nossa Editora, 1985.
  9. WANDERLEY, B. O menino e seu pai caçador. Natal: Clima, 1980.

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Bar Dia e NoiteA PalhoçaSorveteria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão
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Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000.
  © 2002 C.A. dos Santos 
Revisado em 12 de janeiro de 2003

  1. Bares antigos de Natal
  2. Bares na literatura potiguar
  3. Confeitaria Delícia
  4. Brisa do Mar
  5. Bar Dia e Noite
  6. Comes & Bebes de Antigamente
  7. Boite Arapuca
  8. A Palhoça
  9. Confeitaria Atheneu
  10. Outras páginas na web sobre bares de Natal, antigos e novos
  11. Um causo do Café Magestic

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Bar Dia e NoiteA PalhoçaConfeitaria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão

Confeitaria Atheneu

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© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em 14 de janeiro de 2003
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A Confeitaria Atheneu era assim denominada por causa do Colégio Estadual do Atheneu Norteriograndense, que ficava em frente. De inocente confeitaria colegial, o estabelecimento logo transformou-se em concorrido bar dos boêmios que por ali residiam. Nos finais de semana, a partir de 6a feira, a bebedeira corria solta.
Durante a semana, nos intervalos das aulas, suas mesas eram testemunhas de histórias folclóricas algumas, maliciosas outras, e mentirosas a maioria. Em solene juramento prometo, contarei as mais mentirosas.
Mas não era só dessas pequenas vilanias que a Confeitaria Atheneu era palco. Eram freqüentes as acirradas disputas pela solução de problemas e charadas não usuais. Lembro bem de um problema que resistiu semanas sem solução. Além do menino que o apresentou, apenas um outro encontrou a solução. Ainda lembro o enunciado, mas a modéstia impede-me de denunciar o autor da solução.
Um pai falou para o filho: Eu tenho o quíntuplo da idade que tu tinhas, quando eu tinha a idade que tu tens. Quando tiveres a idade que eu tenho, nossas idades somarão 120 anos. Quais as idades do pai e do filho?
A quem interessar possa, o pai tem 50 anos e o filho 30.

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Boite Arapuca

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© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em 12 de janeiro de 2003
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No final de 1964, ou início de 1965, a imprensa natalense estampou um dos maiores escândalos que tenho conhecimento até hoje. A polícia havia invadido a boite Arapuca e descoberto que se tratava de um antro para orgias sexuais e consumo de drogas. Pelo que se comentava naquela época, a cocaína não era usada, a não ser em ambientes reservadíssimos. Maconhalança-perfume e alguns psicotrópicos químicos, tipo perventim eram as drogas que nós, mortais caretas, sabíamos ser de uso freqüente. Dessas, a lança-perfume parecia ser a mais inocente. Por outro lado, a mistura de perventim com bebida alcoólica era altamente explosiva.
Quaisquer que fossem as conseqüências dessas drogas, não era isso que alimentava o imaginário popular. Eram as anunciadas orgias sexuais, e principalmente seus personagens, o que mais despertava o interesse do grande público. Surgiram vários boatos e lendas urbanas em torno de figuras importantes da sociedade natalense. Era aquele destacado empresário que diziam ser homossexual, ou aquela dama, mulher daquele milionário, que tinha um caso de amor com aquele outro, ou com aquela outra dama, e assim ia.
Um professor de português, cujo pai diziam ser homossexual, e que estaria na Arapuca no dia da batida policial, protagonizou uma cena hilariante numa das suas aulas.
O professor estava analisando ditados populares, quando saiu com este
Filho de peixe, peixinho é.
Fez cara de paisagem quando soou a gargalhada geral.

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A Palhoça

Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000.
© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em 13 de janeiro de 2003
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Esta crônica é baseada em texto enviado por um internauta identificado como Caramuru.
Em 1969, Joerton era nosso professor de matemática no 3o ano do científico noturno do Colégio Estadual do Atheneu Norteriograndense. Ah! o velho e glorioso Atheneu. Era um estudante de engenharia, um pouquinho mais velho que os mais novos da nossa turma. Freqüentávamos os mesmos ambientes da boêmia. Depois da aula de 6a feira saíamos para a farra, geralmente para as festas do ABC, que ficava bem ali, na esquina da Afonso Pena com a Potengi, atrás do Atheneu.
Joerton exibia aquele ar desligado comum aos seres humanos de inteligência indiscutível. Fazia questão de deixar claro que não precisava preparar aula. Para ele, o improviso era a marca do intelecto superior. Tinha orgulho de tudo isso, mas do que mais se orgulhava era da sua capacidade de ingestão alcoólica. Conhecia todos os bares e botecos de Natal, mas seu local preferido era a A Palhoça. A Palhoça era assim, não necessitava do qualificativo Bar.
Toda 4a feira Joerton saía do Atheneu, seguia pela Potengi até a Av. Deodoro, dobrava à esquerda e caminhava cinco quadras até à Palhoça. Ficava ao lado do Cine Rio Grande, e era de propriedade do pai de Luíz Damasceno, o mais competente livreiro da capital potiguar. O nome Palhoça combinava com a arquitetura do estabelecimento, que consistia em vários cubículos, separados por paredes de palha, com chão de areia.
Certa vez Joerton nos convidou para uma cervejada na Palhoça. Como de costume, não parava de contar histórias do folclore escolar. Naquele dia, a mais hilariante envolvia um famoso filhinho-de-papai, que era tão obtuso, quanto rico.
A cena ocorrera no cursinho pré-vestibular. O professor de matemática estava dando uma aula sobre análise combinatória. A certa altura, o garboso e obtuso mancebo, que se postava arrogantemente nas últimas cadeiras da sala, pergunta:
Professor, o que quer dizer esse sinal de exclamação depois do número 4?
Imediatamente, um atilado e irônico colega que se sentava bem na frente, vira-se e diz, em alto e bom som:
O sinal de exclamação está exclamando: Oh, menino, quanto és burro!

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Bar Dia e Noite

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© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em dezembro/2002
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O Bar Dia e Noite estava localizado na Rua João Pessoa, próximo à Rua Princesa Isabel. À tarde servia lanches para os adolescentes abastados, e à noite para a juventude namoradeira, igualmente abastada. Depois do namoro era costume ir até o Dia e Noite fazer um lanche para recuperar as energias perdidas no inocente jogo amoroso.
Nos finais de semana, a partir de sexta-feira, o bar fervia. Depois das festas nos clubes (ABC, América, Aero Clube, Assen, entre outros), era uma corrida para o Dia e Noite. Não raro, o teor etílico provocava pequenos sururus. É verdade que às vezes o quiproquó era grande, com generalizada quebradeira de mesas. Principalmente quando estavam metidos aqueles irmãos com sobrenome italiano.
O garçom Gasolina era uma figura marcante no Dia e Noite. É personagem certa no folclore do bar. Tinha os bordões seguidamente repetidos por ele e pelos fregueses. Não sei quantas vezes ouvi um ou outro freguês exclamando em alto e bom som:
Gasolina, suspenda os ovos e passa a língua!
De vez em quando alguém perguntava:
Gasolina, terminou a casa?
A costumeira resposta negativa de garçom era seguida pela complementação do piadista - Ah, então continua levando vara?. A referência era antiquada, tratava-se da construção de casa de taipa.

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© 2002 C.A. dos Santos 
Texto revisado em dezembro/2002
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Esta é uma página que será freqüentemente atualizada, à medida que a memória for refrescando e os leitores contribuindo.
Nos anos sessenta, a cartola era uma guloseima muito apreciada, e servida em qualquer bar ou sorveteria, sobretudo naqueles situados no Grande Ponto. Não lembro a receita com precisão, mas era feita com banana frita, coberta com uma camada de queijo frito, e canela. Nada light nem diet, mas era uma delícia.
meladinha era uma mistura de cachaça com mel de abelha. Tão saborosa quanto embebedante. Era no Bar do Nazi, no Beco da Lama, onde se bebia a mais famosa meladinha de Natal.

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© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em 23 de janeiro de 2003
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Além das páginas próprias de cada bar ou restaurante, existem várias outras tratando de um ou outro aspecto dos bares de Natal. São, na maioria, páginas com informações turísticas. Selecionei aquelas que considero as mais interessantes:
Webturismo
Excelente site sobre informações turísticas
A era dos artistas
Maravilhoso site sobre a Natal de antigamente. Com um texto de primeira qualidade.
Btour Turismo
Site muito bom sobre várias localidades brasileiras.
Praia da Pipa
Fotos maravilhosas, com as fantásticas falésias e arrecifes desta belíssima praia de Goianinha, a 85 km de Natal.
City Brazil
Belo guia turístico de Natal.
Hotel Mais
Guia de Hotéis e Restaurantes.
Cultural Search
Sugestões de bares e restaurantes de várias localidades brasileiras.
Links de Turismo
Como o nome sugere, trata-se de um site com sugestões turísticas.
Viagem e Gastronomia
Site maravilhoso, com um fino toque cultural. Tem um belo texto de Nei Leandro de Castro.
Natal_tk – Restaurantes
Sugestões de bares e restaurantes, por especialidade.
Bares e Restaurantes-Rio Grande do Norte
Sugestões de restaurantes. Embora bem estruturado, o site contém poucas sugestões.
RN Pesquisa
Site muito interessante, com sugestões de bares, restaurantes, pousadas e hotéis.

Bares e Restaurantes no topo da minha memória


Bar Dia e NoiteA PalhoçaSorveteria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão
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Bares antigos de Natal

Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000. Como se vê abaixo, essa era a página-portal do site.
© 2002 C.A. dos Santos
Texto atualizado em 23 de janeiro de 2003
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Esta é a página-portal do site sobre os bares de Natal, principalmente os antigos. Além de resgatar parte da história da boêmia natalense, o site pretende ser um guia de bares e restaurantes contemporâneos.
Receitas culinárias, aperitivos e coquetéis também serão apresentados. Veja a primeira versão sobre este tema
Vamos apresentar como os bares natalenses aparecem na literatura potiguar, e como outros bares são apresentados na literatura universal.
Em sucessivas atualizações, vamos apresentar muitas histórias sobre a Confeitaria Delícia, um dos mais antigos bares de Natal. O ambiente underground do Brisa do Mar, está sendo ilustrado com uma hilariante história enviada por um internauta anônimo. O Bar Dia e Noite, o preferido da juventude bem-nascida, e seu garçom gasolina, não poderia ficar de fora, assim como A Palhoça.
Boite Arapuca, um antro de orgias sexuais e consumo de drogas, segundo comentários dos anos sessenta, também teve sua breve existência registrada.
Pelas inúmeras histórias que ali eram contadas, a Confeitaria Atheneu vai merecer uma página com sucessivas atualizações.
Para manter-se atualizado, visite o mapa do site, e o coloque entre seus favoritos.
Estaremos freqüentemente apresentando novos links, com outras páginas sobre bares de Natal, antigos e novos.
  1. Sugira bares antigos, indicando local e período de funcionamento, ou o período em que o freqüentou.
  2. Envie relatos ou crônicas sobre bares antigos e novos. Se o leitor desejar permanecer no anonimato, garantiremos o sigilo.

Bares e Restaurantes no topo da minha memória

Bar Dia e NoiteA PalhoçaConfeitaria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão

Bar Brisa do Mar

Estou recuperando e colando aqui material que produzi para o GeoCities, no início dos anos 2000.
© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em dezembro/2002
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O texto que se segue foi elaborado a partir de informações prestadas por um freqüentador do bar Brisa do Mar. A seu pedido, o informante permanecerá no anonimato.
Nos anos sessenta, o bar Brisa do Mar era um ponto de encontro do meio intelectual natalense. Entenda-se, para usar uma expressão da época, era o ponto de encontro do underground. Hoje poderia muito bem ser classificado como um bar GLS. Ficava na margem do rio Potengi, na altura da rua João da Mata, próximo à Casa do Estudante, os principais freqüentadores do recinto.
Depois trocaram o nome do bar. Passou a chamar-se Brisa del Mare. Já tinha essa bobagem naquela época. Era o início da grande Greenville em que se transformou este país.
Além dessas circunstâncias sociológicas, o bar era famoso pelo
carangueijo preparado por Nazareno, a Madame Satã potiguar. Como o malandro e homossexual carioca, Nazareno também era um negrão forte, e costumava desafiar machões e valentões, batendo no peito e falando alto:
Sou muito mulher para bater em você.
Certa noite de lua cheia, o bar lotado, a farra corria solta. De repente, falta luz na cidade. Blecaute total. Imediatamente, alguém, com voz de soprano, grita na sua típica afetação:
Atenção, atenção, vamos fazer a chamada: Jane.
Presente, respondeu outra na mais estridente fanfarra.
Os nomes sucederam-se: Odete, Cristina, Gigliola, Ariene…
A cada nome, um presente ora escandaloso, ora comedido.
A luz chegou e alguém começou a dedilhar malaguenha no seu bem afinado violão. Uma dançarina, com calça Saint-Tropez coladíssima no corpo, ensaia trejeitos castelhanos.
birita já tinha chegado ao meu limite quando descobri que a linda menina dos meus desejos estava com sua namorada, vigilante namorada, entenda-se.

Notas


Carangueijo no leite de côco:Usualmente, o carangueijo é preparado n’água e sal. Coloca-se o carangueijo vivo na água fervendo e adiciona-se sal. Quando o carangueijo fica vermelho, está pronto. Parece que Nazareno foi um dos primeiros a preparar o carangueijo com leite de côco. A receita é ótima, e desde então passou a ser muito utilizada.volta
Madame Satã: João Francisco dos Santos, malandro, preto, pobre e homossexual, transformou-se em personagem folclórica da boêmia carioca na Lapa dos anos trinta. Com o apelido de Madame Satã virou mito de coragem na brigas de rua.volta
Calça Saint Tropez: Foi moda nos anos sessenta. Trata-se de uma calça com o cós bem abaixo do umbigo. Está de volta neste novo século.volta
Birita: Bebida.volta

Bares e Restaurantes no topo da minha memória

Bar Dia e NoiteA PalhoçaSorveteria OásisCarne de Sol do LiraCarne de Sol do MarinhoO Casarão
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Tenho falado bastante sobre a volatilidade da memória nessa era da comunicação digital, sobretudo na internet. Coisas que simplesmente desaparecem, ou que não mais podem ser recuperadas porque a tecnologia de leitura já é outra. Acabei de ser vítima, com uma página que criei no Geocities, entre 2001 e 2002. Veja aqui a história do Geocities, em português e em inglês.
Motivado pelo artigo Lembrando o bar, café e lanchonete Dia e Noite, do médico Jahyr Navarro, publicado ontem no O Jornal de Hoje, resolvi reler o que tinha escrito sobre esse bar, há mais de uma década. Aí está a capa da página
geocities_capaCliquei em alguns links, todos funcionando. Por exemplo aqui está o mapa do site.