quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Caicoense continua com estoque de cachaça disponível a colecionadores

Foto acervo colecionador/divulgação
O estoque de cachaça adquirido por caicoense continua à disposição de colecionadores do produto. Cachaças mineiras, pernambucanas, paulistas, cearenses, paraibanas, e também da região Seridó, a caicoense Samanaú, encontrada até na China. Tatuzinha, Pitu, Mijo de Moça, Rainha, Seleta, Inconfidência, Cristalina do Picão, Mucuri, Nabundinha, Fogosa, Caninha 77, Colonial, Chora Menina, Malhada Vermelha, são algumas das cachaças, umas mais conhecidas, de renome e gosto nacional, outras como produto de mercado turístico.

Apesar de sua pouca idade, Matheus Gregório (20 anos), tem por hábito colecionar cachaça, apoiado por seu pai Reginaldo Clemente, todas originais que, segundo afirma, desde as mais antigas, classificadas em ordem alfabética enchendo todas as letras do alfabeto. Todo o estoque, perto de 300 garrafas, da chamada “água que passarinho não bebe”, ele dispõe pelo preço de 30 reais cada unidade. Uma oportunidade para quem já tem uma coleção e pretende aumentar o estoque, ou quem pretende iniciar uma nova coleção. O contato, através do telefone (84) 99820-9200.
 
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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte | Assessoria de Imprensa
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Audiência pública marca 70 anos de fundação da Geap

Crédito da foto: João Gilberto
 
A Assembleia Legislativa promove audiência pública nesta quarta-feira (9) para comemorar os 70 anos da Empresa de Autogestão em Saúde (Geap). O evento, proposto pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT), será às 14h, no Plenarinho.

Para a audiência foram convidados o presidente do Conselho Nacional de Administração (Conad) da Geap, Ronald Acioli; o diretor executivo da Geap/RN, Luis Carlos Saraiva; a gerente estadual da Geap/RN, Ana Luísa Coutinho; a gerente de Controle e Qualidade da Geap/RN, Rosangela Maria Fonseca, e a beneficiária Normélia de Melo.

Sem fins lucrativos, a Geap reverte todos os seus recursos para a assistência integral dos seus mais de 600 mil beneficiários. É a operadora que agrega o maior número de idosos, com 45% da carteira de beneficiários composta por pessoas a partir de 60 anos.

Mais
A Geap Autogestão em Saúde começou a escrever a sua história no dia 29 de setembro de 1945, quando foi criada com o nome de Assistência Patronal dos Servidores do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (Iapi), idealizada por Hélio Beltrão, na época agente administrativo do instituto.

Depois de passar por várias mudanças, em 2005 se tornou a primeira operadora de autogestão do país a obter o registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No mesmo ano, passou a compor o quadro de dirigentes da União Nacional das Instituições de Autogestão (Unidas).

Em 2013, a Geap – Fundação de Seguridade Social passou por uma cisão, tendo suas atividades (saúde e previdência) segregadas. Duas instituições independentes foram criadas: a Geap Autogestão em Saúde, para administrar os planos de saúde, e a Fundação Geap Previdência, responsável pela gestão dos planos previdenciários.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Bar "CHOPP".

TERÇA-FEIRA, 1 DE DEZEMBRO DE 2015


O SUSTO
violante pimentel
Violante Pimentel
Era um tradicional bar do Recife (PE), ponto de encontro de poetas e boêmios, em cuja parede principal se podia ler o belíssimo poema “CHOPP”, do grande poeta Carlos Pena Filho, que diz:
Na avenida Guararapes,
o Recife vai marchando. 
O bairro de Santo Antônio,
tanto se foi transformando
que, agora, às cinco da tarde,
mais se assemelha a um festim,
nas mesas do Bar Savoy,
o refrão tem sido assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
Ah, mas se a gente pudesse
fazer o que tem vontade:
espiar o banho de uma,
a outra amar pela metade
e daquela que é mais linda
quebrar a rija vaidade.
Mas como a gente não pode
fazer o que tem vontade,
o jeito é mudar a vida
num diabólico festim.
Por isso no Bar Savoy,
o refrão é sempre assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
Como o Bar Savoy ficava próximo a um conhecido Órgão de Saúde Pública, vários médicos se reuniam ali, depois do expediente, para trocar ideias e molhar a palavra. O ponto era muito frequentado por esses profissionais, adeptos de uma boa bebida e um ambiente requintado. Entre os frequentadores, havia alguns boêmios apaixonados, médicos ou não, que diariamente ali “assinavam o ponto”. Também havia os namoradores, os que tinham a alma livre e viviam apaixonados. Eram frequentadores tradicionais e de boa situação financeira.
Certa vez, num começo de noite, um cardiologista de meia idade, assíduo frequentador do Bar Savoy, foi incomodado por uma “mariposa”. A mulher viera lhe cobrar um dinheiro prometido numa farra. O profissional mandou, discretamente, que ela se retirasse daquele ambiente, mas a criatura insistiu em escandalizar. Falou alto, chamando a atenção dos frequentadores. O homem, então, pegou, bruscamente, a sua tradicional maleta de médico e gritou:
– Espere aí que você vai ter o que merece!!! – E fez menção de abrir a maleta, dando a impressão de que iria sacar uma arma. A mulher saiu correndo, e meia hora depois retornou, acompanhada de dois policiais, que exigiram que o médico lhes entregasse a tal arma. A mulher insistia em dizer que a mesma estava dentro daquela maleta de médico. Além de exigir que o médico lhes entregasse a arma, os policiais o convidaram a acompanhá-los até a Delegacia de Polícia, no carro da Rádio Patrulha. .
Calmamente, o médico entregou sua inseparável maleta aos policiais, para que os mesmos apreendessem a questionada arma.
Um dos policiais abriu a maleta do médico, mas ficou desapontado, ao verificar que ali estavam apenas um Aparelho de Medir Pressão Arterial, um Estetoscópio, um Termômetro, e nada mais.
De imediato, todos os amigos se aproximaram do médico importunado. Os policiais logo entenderam que estavam diante de um cidadão de bem, um cardiologista de respeito, e que o mesmo não portava arma nenhuma. Com certeza, tinha havido um equívoco, e tudo era fruto da mente doentia daquela mulher destrambelhada.
A mulher foi conduzida até à Delegacia de Polícia no carro da Rádio Patrulha, e o conhecido médico continuou com os amigos no Bar Savoy, comendo, molhando a palavra, e se divertindo com o ocorrido.
Violante Pimentel – Procuradora aposentada 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Os Gatos Pretos.

A+A-
WODEN MADRUGA [woden@terra.com.br]
Tribuna do Norte - 22.11.2015 - P.2
Numa nova rebuscada pela gaveta dos papéis desarrumados, logo no primeiro lanço, dou com a mão em um bilhete de Celso Silveira, poeta, jornalista, cronista, ator de teatro – grande ator dos tempos de Sandoval Wanderley e Meira Pires, premiadíssimo por estes palcos nordestinos -, companheiro de farras e de redações de jornais. Proseador como poucos, as conversas atravessando as madrugadas, com seu humor contagiante, espalhafatoso. O bilhete é datado de 11 de agosto de 1992, escrito na cabeça de uma lauda onde está reproduzido (datilografado) um texto que Celso Silveira publicou no Jornal de Natal (o jornal de Djalma Maranhão) em 17 de novembro de 1956, com o título de “Os Gatos Pretos”. Fez agora, terça-feira passada, 59 anos. Este batedor de notícias andava pelos 20 anos de idade e  já metido em jornal.

O bilhete de Celso está escrito assim: “Woden: Em 1956 surgiu essa confraria. Agora, com a mudança da Confeitaria Ateneu e o livro de Melquíades, lembrei de reinventar esse marco de uma boemia despreocupada e sadia, diria, espiritual. Dela há imortais figuras que já não andam pelas ruas de Natal, mas existem no ar e dentro de nós. Abraços do Celso Silveira, Natal 11.08.92”. 

Segue na íntegra da história desses “gatos pretos” contada pelo querido e saudoso Celso Silveira:

“Uma turma de boêmios desta ridente cidade dos Santos Reis acaba de fundar uma nova agremiação, das mais curiosas de que se tem na província. Trata-se dos “Gatos Pretos” (sem campo de neve), que é um composto de rapazes que fazem poesia, jornalismo e boêmia em Natal.
A ideia de fundar os “Gatos Pretos partiu, como é evidente, de um grupo de amigos reunidos na Confeitaria Ateneu em redor de algumas mesas nas quais se serviam de aperitivos. O poeta Newton Navarro reclamava com os presentes a necessidade de um ponto de reunião quinzenal, onde, num ambiente de camaradagem sadia e discrição, se pudesse ingerir aperitivos sem os incômodos da presença de circunstantes que, muitas vezes interpretam mal as exteriorizações da mocidade. Daí para a fundação dos “Gatos Pretos” foi um “pulo de banda”.

Surgiram as sugestões de nome desse novo agremiado: “Galos-de-Campina” e “Pintassilgos”. Na última hora, depois da escolha vacilar entre os dois nomes acima, alguém lembrou de Erico Veríssimo e gritou: “Gato Preto! ” Imediatamente foram aparecendo, apontados por um e outro, particularidades da vida calorosa dos gatos. Desfilaram os nomes de ‘Gato Félix’ e de ‘Gato de Botas’, dois gatos famosos das telas e das revistas infantis e o nome foi aprovado por aclamação geral. Estava fundada “Os Gatos Pretos”.

A conversa agora era generalizada sobre a vida dos nossos irmãos felinos. Alguém propôs que os presentes fossem considerados, fundadores, “gatos” propriamente (eram sete) e mais seis fossem escolhidos entre os amigos ausentes, para completarem o número de treze, que é o número aziago. Esses seriam considerados “bichanos”. Também ficou acertado que as reuniões seriam realizadas nos dias treze de cada mês e que os membros deveriam ostentar nomes de gatos. Partindo daí, tratou aquele grupo de amigos de batizar-se. Moacyr de Góes, escolheu para si a alcunha de “Gato de Botas”; Newton Navarro ficou com a de “Gato Félix”; Serquiz Farkatt ficaria conhecido por “Gato Persa”; Chagas Oliveira por “Gato Tira”; Expedito Silva por “Gato Rajado”; Jurandir Thain por “Gatinho” e Celso Silveira por “Gato Mourisco”.
Os membros bichanos foram escolhidos pelos presentes, cada “gato” apadrinhando um deles (exceto o “Gato Mourisco”) e seu quadro ficou constituído por Paulo Oliveira (Mimi); Berilo Wanderley (Angorá); Omar Pimenta (Escaldado); Márcio Marinho (Almofada); Hélio Vasconcelos (Cego) e Albimar Marinho (Molhado).

Do Regimento ainda constou que os “gatos” e “bichanos” responderiam à chamada dos presentes com um miado. Aplausos seriam feitos pelo psi... psi... psi... com que as pessoas chamam os gatos domésticos; antes de cada reunião haveria um miado coletivo. A divisa dos “gatos” seria “À noite todos os gatos são pardos”; e o hino da agremiação ficaria sendo a música “aquele gato não é mais gato, hoje é tamborim” e os homenageados do mês receberiam a denominação de “couros de gato”.

Cada homenageado (couro de gato que será espichado na conta do que se consumir de aperitivo e tira-gosto durante a reunião será condecorado com a “Gran Cauda do Camundongo Mickey”.
Os membros “gatos” ou “bichanos” desta original e curiosa agremiação usarão camisas pretas durante as reuniões e um escudo branco com a efigie de um gato preto.

Domingo próximo, por volta das onze horas, na Praia do Forte, terão lugar o batismo e a crisma dos “bichanos” e “gatos” com água salgada, sendo padrinho desse ato o sr. Agenor Lima, especialmente convidado pelo “Gato Félix”, constando que aquele cidadão teria aceitado o honroso convite.

Os felinos, cujas garras pomo à mostra nesta reportagem, evitando que eles deem uma unhada e escondam a unha, constituem-se a agremiação mais original de que temos conhecimento desde que pontificamos em jornal e, pelo descrito linhas acima, estão fadados a superar, em graça e humor, os inumeráveis clubes existentes em Natal, com nomes de quitutes e aves”.

De Moacyr de Góes
Noutro envelope, entre cartões postais, encontro um bilhete de Moacyr de Góes, um dos criadores, ao lado de Djalma Maranhão, do projeto “De pé no chão se aprende a ler”. Postado no Rio de Janeiro e datado de 7 de janeiro de 1992:

“Meu caro WM:
Aí vai para você o livro de Clara.
Também um artigo meu. Como este trata da “terrinha”, se a Tribuna do Norte quiser transcrever aqui fica a minha autorização.
Como vão as coisas? Dificilmente poderemos responder que vão bem – não é? Mas, a esperança ainda não morreu. Um abraço com votos de feliz 92. 
Moacyr de Góes” 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Deputados da Frente Parlamentar da Água participam de reunião em Recife

Crédito da foto: Assessoria de Comunicação

 
A Frente Parlamentar da Água do Rio Grande do Norte, presidida pelo deputado estadual Galeno Torquato (PSD), participa nesta segunda-feira (16), às 9h, de reunião do movimento União pelo Nordeste na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALPE). Estarão reunidas, além do Estado anfitrião, as frentes parlamentares dos estados do Maranhão, Ceará, Bahia, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará.

O Rio Grande do Norte será representado pelos deputados Gustavo Fernandes (PMDB), Tomba Farias (PSB), Carlos Augusto Maia (PTdoB), George Soares (PR) e Galeno Torquato (PSD), da frente no RN. “Iremos elencar as prioridades dos estados nordestinos diante da seca, além de fortalecer a união das bancadas desses estados com o objetivo de cobrar recursos do Governo Federal, sobretudo para obras de enfrentamento à seca de curto prazo”, afirma Galeno.

O parlamentar reforçou a necessidade de união das classes políticas dos estados nordestinos afetados pela seca na busca por soluções para a crise hídrica. Segundo Galeno, a queda no repasse de recursos da União também será discutida durante a audiência na capital pernambucana. “Além de não nos enviar o aporte financeiro de R$ 63 milhões solicitados pelo Governo do Estado ao Ministério da Integração, o Governo Federal reduziu o valor dos repasses feitos mensalmente ao Estado para obras hídricas”, observa Galeno.

De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos (CAERN), o Rio Grande do Norte registra atualmente 153 cidades em estado de emergência, sendo 80 delas atendidas em sistema de rodízio e 13 em colapso no abastecimento de água. Segundo o Governo do Estado, esta é a pior seca dos últimos 100 anos.

Ações do Legislativo Estadual
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte vem realizando um conjunto de ações para o enfrentamento da crise hídrica no Estado, como a criação do Comitê de Ações de Combate à Seca, representada pelo deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PMDB), e a Frente Parlamentar da Água, liderada pelo deputado Galeno Torquato (PSD). Desde o início do ano, a temática vem sendo trabalhada, inclusive em nível regional, pelo Legislativo Estadual por meio de audiências públicas, reuniões e visitas a obras de beneficiamento hídrico.

domingo, 8 de novembro de 2015

Jornalista produz e monta exposição de sua arte nos jardins de sua casa.

Honorio de Medeiros
14 hInstagram
Fonte: Facebook.
O muro em branco é um espaço aberto para uma intervenção artística. Arte de Emanuel Neri, em sua residência, São Miguel do Gostoso, Rn.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Os perigos da carne processada

CIÊNCIA

Fonte: dw.de

Os perigos da carne processada

Comer bacon, salsicha ou presunto aumenta o risco de câncer, afirma a Organização Mundial da Saúde. Instituição coloca tais produtos na mesma categoria de cigarros e também alerta sobre riscos da carne vermelha.
Oktoberfest Essen Wurst
Comer carne processada, como presunto, salsicha e bacon, aumenta o risco de câncer, e a carne vermelha também pode desencadear a doença. É o que aponta um relatório da Agência Internacional de Pesquisa para o Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta segunda-feira (26/10).
O relatório foi compilado por 22 especialistas de 10 países, que analisaram mais de 800 estudos internacionais sobre carne e câncer. A equipe classificou a carne processada como "cancerígena para humanos", e a carne vermelha como "provavelmente cancerígena para os humanos".
A análise revelou que havia "evidencias suficientes nos humanos de que o consumo de carne processada provoca câncer colorretal", informou a agência com sede em Lyon, na França. Entre as carnes desse tipo estão salsichas, carne enlatada, carne seca, molhos à base de carne, entre outros.
Assim, a carne processada foi listada no grupo 1 da Iarc – categoria que também inclui cigarros, amianto e fumaça de diesel. No entanto, a agência ressaltou que isso não significa que ela seja tão perigosa quanto esses elementos.
"Para uma pessoa, o risco de contrair câncer ao comer carne processada continua sendo pequeno, mas ele aumenta de acordo com a quantidade de carne consumida", disse Kurt Straif, da Iarc. Cada porção de 50 gramas de carne processada consumida diariamente aumenta em 18% o risco de câncer colorretal, segundo a agência.
"Tendo em vista o grande número de pessoas que consomem carne processada, o impacto global sobre a incidência de câncer é importante para a saúde pública", disse Straif.
Tim Key, professor da Universidade de Oxford, afirma que a possível ligação entre carne vermelha e processada e câncer é conhecida há algum tempo. "Comer bacon de vez em quando não vai causar muitos danos – uma dieta saudável tem a ver com moderação", pondera.
A Iarc, no entanto, afirma que conselhos do tipo costumam ter como foco doenças cardíacas e obesidade. A agência cita estimativas do projeto internacional Global Burden of Disease, segundo as quais a cada ano 34 mil mortes por câncer ocorrem devido a dietas ricas em carne processada. Em comparação, cerca de 1 milhão de mortes por câncer ao ano são atribuídas ao tabaco, e outras 600 mil ao consumo de álcool.
A carne pode ser processada de várias formas, através da salga, cura, fermentação ou defumação, mas a agência não constatou se o método de processamento afeta ou não o risco de câncer.
Quanto à carne vermelha, a análise constatou "evidências fortes dos efeitos cancerígenos" do consumo do alimento – principalmente no desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, mas também no de pâncreas e próstata. A categoria inclui carne bovina, de porco, cordeiro, carneiro, cavalo e cabra.
Grupos da indústria da carne criticaram o resultado, argumentando que o câncer não é causado por alimentos específicos, mas por vários fatores.
Há algum tempo médicos e agências governamentais vêm alertando que uma dieta com muita carne vermelha está associada ao câncer, incluindo o de cólon e no pâncreas.
A carne vermelha é provavelmente cancerígena para os humanos
OMS: A carne vermelha é "provavelmente cancerígena para os humanos"
Carne vermelha
Não está claro ainda em que medida a carne vermelha pode aumentar o risco de câncer, mas um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, tem uma hipótese.
Eles acreditam que o ácido siálico Neu5Gc, uma molécula de açúcar presente na carne vermelha, estimule um processo inflamatório no organismo, que predispõe ao desenvolvimento do câncer.
O Neu5Gc é encontrado naturalmente na maioria dos mamíferos, mas não nos seres humanos. O consumo persistente de carne vermelha levaria a uma inflamação crônica – que, como já se sabe, pode desencadear tumores – se o sistema imunológico humano estiver constantemente produzindo anticorpos contra o Neu5Gc, uma molécula estranha ao organismo.
Para testar a hipótese, os pesquisadores manipularam ratos de laboratório para que eles imitassem os humanos, ou seja, para que o Neu5Gc fosse uma substância estranha a eles também. Depois, os ratos foram alimentados com Neu5Gc e desenvolveram uma inflamação sistêmica. A formação de tumores quintuplicou e houve acúmulo de Neu5Gc nos tumores.
O teste em humanos é mais complicado, mas a equipe acredita que a descoberta possa ajudar a explicar a conexão entre a carne vermelha e outras doenças agravadas por inflamações crônicas, como aterosclerose e diabetes tipo dois.
AF/ap/afp/rtre

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

"en besos, cariños, caricias tan cardientes
 mientras el amor total se realiza plenamente
 presente y pasado
 se mezclan
 sólo hay eterno momento"
(JANIA SOUZA - SPVA/RN)

SONETO DO ETERNAL MOMENTO!

As tuas mãos ávidas passeando em mim
Correndo-me o peito até o dedão dos pés
Em carícias, em êxtases, em cafunés,
Tudo ao amor: esse determinado fim.

Em réplica, minhas mãos no teu corpo assim
Mostrando que para mim maravilhosa és
Ao beijar-te dos seios às solas dos pés
Desarrumando os macios lençóis de cetim.

Claro que nosso amor pro ápice foi feito
Aonde aceitas que eu faça do meu jeito
Pra que haja orgasmos no relacionamento.

E depois quando no rosto me acarinhas
Tuas mãos saciadas juntam-se as minhas
Agradecidas pelo eternal momento.

16/09/2014 - D I L S O N - NATAL/RN.
SPVA
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sábado, 22 de agosto de 2015



De mesa de bar e de economia
Tomislav R. Femenick – Contador, economista e historiador, com extensão em sociologia.


Não sei bem, acho que foi no antigo restaurante Umuarama, lá em Mossoró. O que está registrado na minha memória são só alguns lampejos e o que ainda lembro é que tudo se passou em uma mesa de bar. Seria um sábado ou domingo de manhã. Lá estavam três médicos: César de Alencar, Vicente Moraes e Alcimar Torquato. Eu estava chegando e me dirigia a outra mesa onde estavam Jaime Hipólito e Helder Eronildes. Todos já tinham tomado a “entradeira” de cerveja. Só eu estava atrasado para esse doce mister. Ao mesmo tempo em que as pessoas de cada mesa conversavam entre si, paralelamente ocorria uma conversa entre os grupos das duas mesas. Todos estavam apenas “jogando conversa fora”. Aí o Dr. Alcimar me viu chegando e jogou a pergunta para o meu lado: “O que é que dá valor às coisas? O que é que faz uma cerveja valer tanto, um whisky quanto e uma operação outra quantia?” Nem eu nem ninguém soube esclarecer satisfatoriamente a dúvida.
Foi uma pergunta ocasional, um ato corriqueiro, uma conversa de mesa de bar. Mas foi a despretensiosa pergunta do meu amigo Alcimar Torquato que me jogou nos braços das Ciências Econômicas. Passei alguns meses escarcavelando meus livros, as bibliotecas de Rafael Negreiros, de Canindé Queiros, de Lídio Luciano de Góis e todas as outras que via pela frente, devorando tudo que tivesse algo sobre as varias teorias do valor. Foi o meu período que Rafael Negreiros denominou de “furou valorizante” e Padre Sátiro Dantas de “ex taberna valor”, em um latim propositadamente macarrônico.
Mas, conhecer as teorias não me contentou, pois essas continham premissas científicas que eu desconhecia. Então tive que ir atrás dos seus significados. E nesse afã, nessa busca, entrei de cabeça. Estudei ciências econômicas e fiz especialização na Fundação Getúlio Vargas e mestrado na PUC, ambas de São Paulo. Lá tive como mestres nomes de peso como Paul Singer, Francisco de Oliveira, os ex-ministros Guido Mantega, Walter Barelli e Bresser Pereira, os professores André Franco Montoro Filho, Ademar Sato, Geraldo Muller, Armando Barros de Castro, Eduardo Suplicy e tantos outros. Nas extensões de Sociologia e História, tive como orientadores Octávio Ianni e Fernando Novaes, ambos também versados em economia.
Não menos importante é a lista de colegas ilustres com quem convivi. Antonio Corrêa de Lacerda, ex-presidente do Conselho Federal de Economia, Odilon Guedes Pinto Junior, vereador e ex-subprefeito na capital paulista, Fauzi Tímaco Jorge, consultor de empresas e educador, Roque Cifú Neto, Sebastião Alves Barreto e uma série de outros nomes. Para não fazer feio perante meus ilustres colegas, até já escrevinhei algumas monografias e livros sobre a matéria. Um deles, “Para aprender economia”, já está na 6ª reimpressão da 2ª edição – a primeira teve 5 reimpressões.
E por que hoje estou falando de economia? Simplesmente porque, com toda essa bagagem de estudo – e lá se vão quase cinquenta anos – sobre os vários aspectos das ciências economias, especialmente o monetarismo e as teorias de Alfredo Marshall e sua “equação de Cambridge”, Milton Freidan e sua polêmica visão da missão harmônica da moeda, Irving Fisher etc. não consigo entender a atual política de juros do Banco Central. Se nos Estados Unidos quando a economia diminui o ritmo de crescimento a taxa de juros diminui também, por que aqui, com as empresas devagar quase parando e com um desemprego em passo de corrida, os juros têm que permanecer em um patamar amoral, quase pornográfico? Não me venham com papo xenofóbico ou com ideologias ultrapassadas dizer que as autoridades econômicas brasileiras estão a serviço do FMI, do Banco Mundial e dos bancos internacional. Não. Isso é besteira. Na realidade eu acho que eles simplesmente optaram pelo caminho mais fácil e estão se poupando do “temível” esforço de pensar e não têm coragem para inovar, como Fernando Henrique Cardoso teve para implantar o Plano Real. Sim FHC, pois Itamar, a coisa louca das Alterosas, além de não entender nada de economia ainda medrou e quase foi pressionado a assinar a medida provisória que criou o novo meio circulante nacional. Somente com Real é que o Brasil voltou a ter uma moeda com suas funções básicas: meio de troca, medida de valor e reserva de valor. Não fosse o Real, a crise e o desemprego estariam bem maiores. Mas esse é assunto para outro artigo.
Voltando ao assunto inicial, quem disse que mesa de bar não é cultura?