sexta-feira, 1 de junho de 2012

Curtamos o bar antes do final da transação do imóvel com grande imobiliária?


Bar de Lourival, meio século de encontro
de boêmios, artistas e intelectuais

Pesquisa e reportagem : Jóis Alberto


1 – Viagem sentimental pela boemia natalense

Localizado num dos mais tradicionais endereços de Natal – a avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 270,  em Petrópolis – o Bar de Lourival figura entre os melhores locais de encontro de boêmios, artistas, jornalistas e intelectuais da cidade. Em cerca de meio século do bar, Lourival Lúcio da Silva, que em julho de 2005 está com 82 anos de idade, e às vésperas de completar 83, em 11 de agosto, foi testemunha ocular de gerações de boêmios da cidade. Testemunha ocular!, expressão jornalística que era usada pelo lendário Repórter Esso e em matérias típicas dos velhos tempos dos Diários Associados, aos quais ainda hoje pertence o Diário de Natal/POTI, jornal situado a cerca de 300 metros do Bar de Lourival. Gerações de repórteres, editores e outros jornalistas daquele periódico têm freqüentado o Bar de Lourival, após o expediente no trabalho ou nos finais de semana. Jornalistas da Tribuna do Norte, que fica a menos de um quilômetro do bar, também com freqüência aparecem por lá, sem esquecer o pessoal do antigo jornal A República,  extinto em meados dos anos 80, mas em cujo prédio, há poucos quarteirões dali, ainda hoje funcionam o Diário Oficial do Estado, e o Museu da Imprensa. A eles, se somam os muitos artistas, intelectuais, profissionais liberais e políticos, que conheceram o bar porque moram ou trabalham em Petrópolis, Ribeira, Cidade Alta e Tirol, ou de outros bairros que para lá foram levados por amigos. E quem conhece o bar pela primeira vez, geralmente acaba retornando em outras ocasiões. 
À leste do Bar de Lourival, e igualmente a poucos quarteirões, localiza-se outro tradicional endereço de Petrópolis, a Praça das Flores, onde o Seven Pub, o Raro Sabor, outros bares e restaurantes figuram entre os melhores points  de veteranos e jovens  boêmios da atualidade. De volta à avenida  Deodoro e na mesma calçada de Lourival localiza-se o Bar 294, que desde 1990 atrai público fiel. Todos esses estabelecimentos e freqüentadores têm muitos pontos em comum. O Carnaval, por exemplo, é um deles. Os antigos Blocos de Elite, nos anos 50, 60 e 70; e depois, a Bandagália, a partir dos anos 80, sempre circularam pelas ruas dos bairros da região e da orla marítima da proximidade, com paradas em alguns dos melhores bares da área, e o estabelecimento de Lourival sempre estava no roteiro da folia. Pelo menos há 15 anos, porém, desde quando foi criado o Carnatal, o bem sucedido carnaval fora de época, a folia de Momo mudou de mês – de fevereiro para dezembro -, e de local, de Petrópolis, nos dois primeiros anos, para o Largo do Machadão, em Lagoa Nova. Mas ficaram as recordações. As boas lembranças.  E, com o perdão do lugar comum, se “recordar é viver!”; e “do passado, só devemos nos lembrar das coisas boas”, então está feito o convite para fazermos uma viagem sentimental pelo bons  tempos da boemia natalense, de gerações dos anos 40, época da juventude do protagonista dessa história, Lourival, à atualidade.

2 – O Bar de Lourival  e a paisagem


O Bar de Lourival passou por uma reforma em 2004: foi pintado com tinta marfim, ganhou detalhes de pintura texturizada, foram colocados tijolos aparentes na parede, e piso novo de cerâmica. Ou seja, aparentemente é igual a vários outros da cidade. Mas ele tem algumas diferenças fundamentais: primeiro a tradição, são 45 anos de funcionamento ininterrupto com o mesmo dono, embora desde outubro de 2004 quem está à frente dos negócios é o filho dele, Lourival Lúcio da Silva Filho, 49 anos, Júnior como é mais conhecido. Outro diferencial é a bela paisagem. Da calçada de Lourival, durante o dia, avista-se o mar da Praia do Meio. Ao lado do bar e da residência dele, do alto de Petrópolis, vêem-se as escadarias da rua ... e lá embaixo a Ribeira, os fundos do Teatro Alberto Maranhão, a velha Estação Ferroviária, por onde transitam antigos trens urbanos da CBTU, puxados a locomotiva a diesel, em direção a Parnamirim e Ceará-Mirim; e às margens da ferrovia, o belo visual do Rio Potengi.
Bem ventilado - além da brisa que vem do mar, tem um ventilador de teto, que dá certo ar nostálgico ao ambiente -, o bar conta com 14 mesas, espalhadas na área interna e na calçada, com capacidade para receber dezenas de pessoas, das 9 h, quando abre, até por volta da meia noite. Conta com TV e três freezers. Mas, é claro, ninguém vai pro Bar de Lourival assistir TV, salvo em dias de jogo, porque lá, além do futebol, o esporte preferido é o levantamento de copos! Entre as bebidas, o cliente pode encontrar desde os vários tipos de cerveja, campari, whisky, conhaque, vodka, rum, martine, gim, aguardente (Pitu, Caranguejo, 51) a algumas cachaças especiais, como as mineiras, Seleta e Salinas; e a paraibana Serra Limpa. No cardápio de comidas, figuram, entre pratos e tira-gosto, carneiro guizado com macaxeira; costela de porco com macaxeira; miúdo de galinha; almôndegas ao molho de tomate; fígado acebolado com macaxeira; filé com fritas; peixe em posta (frito); camarão ao alho e óleo; ovo de codorna (porção); paçoca; queijo do reino com azeitona e salame; queijo coalho assado (fatia); batatinha frita; carne de sol com macaxeira; fava; picado... É extensa a lista, mas de dar água na boca! Tem mais: caldos de mocotó e peixe, tudo preparado com carinho e zelo por Maria Elza Dantas, que antes de trabalhar ali, foi cozinheira do Restaurante Santo Antônio.
Anoto esses detalhes e outras informações em conversa com Júnior, enquanto ele no balcão vai encaminhando os pedidos dos clientes, no final de uma tarde de sábado, quando chega Pepe dos Santos, veterano repórter, que durante muitos anos trabalhou para a editoria de polícia doDiário de Natal, onde eu o conheci. Da velha e pequena redação do Diário, me lembro de Pepe em sua máquina de escrever, ajudando os editores de polícia que passaram por lá. Depois veio a redação nova, a chegada dos computadores, na primeira metade dos anos 90, e várias mudanças. Saí de lá, em 1997, após passar quase 12 anos, inicialmente como repórter da Geral ou Cidade, depois como repórter e editor de Cultura, com passagem também pela editoria de Economia.
Com seu estilo inconfundível, um rosto no qual se destaca o nariz com um tom avermelhado, olhar atento, e na cabeça, os cabelos sempre repartidos de lado, meio ralos e num flagrante contraste com a pele branca, “pretos como as asas da graúna”, como costumam brincar com ele, Pepe se aproxima de mansinho, como quem não quer nada, e me pergunta:
-... É para uma reportagem?
- É para um livro que estou começando a escrever sobre o Bar de Lourival, explico para ele. O papo avança. Resolvo registrar a presença de Pepe, especialmente quando após eu perguntar a idade dele, e responder que tem “57”, Júnior cai na gargalhada e o provoca:
- Que é isso, Pepe? Eu tenho 48 anos, era menino e você já pintava o cabelo!
Pepe, por sua vez, não se incomoda e aceita a gozação sem aparentar aborrecimento.
Com um humor tipicamente natalense, no qual alguém sempre tem uma ironia, um sarcasmo, uma certa maledicência na ponta da língua, numa tradição boêmia que parece remontar ao antológico boêmio das antigas, Zé Areia – são cenas assim que caracterizam o estabelecimento comercial de Lourival, outros bares e botecos de Natal. Como por  exemplo o Bar do Coelho, na Cidade Alta.  De julho de 2005 até 2006, o Bar do Coelho promoveu uma série de eventos comemorativos de 30 anos de boemia. Existem outros em estilo semelhante, como o Bar Azulão, que há mais de 35 anos reúne boêmios, na avenida Afonso Pena, Tirol, numa tradição que mereceu matéria de destaque na revista Preá (edição nº 12, maio/junho de 2005), da Fundação José Augusto. Tem ainda o Bar de Nasi, que sobreviveu à morte do simpático comerciante que dava nome ao bar e continua funcionando, no Beco da Lama, no Centro da Cidade. Algumas das principais características do Bar de Nasi, eram a famosa meladinha, as velhas garrafas de biritas envelhecidas em teias de aranha, e principalmente por ser freqüentado por boêmios famosos de Natal, e alguns de fora, que passaram por lá quando estava na cidade, como por exemplo Pixinguinha e o cantor Jards Macalé.
   Enumerar nomes de bares e botecos que marcaram época em Natal é sempre polêmico, por causa do risco de omissão. Mas, sem dúvidas, seria imperdoável esquecer de mencionar, também, a Confeitaria Delícia, fechada nos anos 80 e imortalizada no livro Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia, de José Alexandre Garcia (Clima, 1985). Freqüentada por gerações de boêmios, artistas e intelectuais, a Confeitaria Delícia ostentava numa das paredes um belo desenho de Newton Navarro, pintor consagrado como um dos pioneiros do modernismo nas artes plásticas do Rio Grande do Norte. Newton Navarro estava para a Confeitaria Delícia, como o professor e escritor José Melquíades estava para o Bar de Lourival – ambos eram pessoas simples, de temperamentos calmos, mas donos de uma grande cultura clássica e com o simpático dom de fazer amizades. José Melquíades foi um dos fundadores do Clube dos Inocentes, ao lado do escritor Luís da Câmara Cascudo e do professor Saturnino. Essa experiência José Melquíades relata no livro Saturnino, Cascudo e o Clube dos Inocentes (UnP, 1997). Segundo Melquíades, em entrevista ao jornal O Galo (ano XIII, nº 2 – fevereiro, 2001), “tratava-se de um clube puramente de brincadeira. Era um clube puramente de brincadeira. Era proibido fazer ata ou qualquer registro escrito e também falar de literatura. Satunino foi quem deu o lema do clube - ´inocente das maldades alheias´. Tomava-se muita cerveja, muito vinho e só se conversava amenidades. Cascudo tomava todas, e nunca se embriagava”. 
José Melquíades foi ocupante da cadeira 31 da Academina Norte-Rio-Grandense de Letras, cujo patrono é o Padre Brito Guerra. Após o falecimento de Melquíades a cadeira foi ocupada pelo professor da UFRN e ensaísta Pedro Vicente Costa Sobrinho. Newton Navarro  ocupou a cadeira 37 da ANL, que tem como patrono o poeta Jorge Fernandes. Navarro foi sucedido pelo poeta Luís Carlos Guimarães e, com a morte deste, por Elder Heronildes. Melquíades foi professor universitário, bacharel em Direito, especialista em literatura e linguística na Faculdade Estadual de San Francisco, da Califórnia, em 1959. Dessa experiência no estrangeiro, publicou “Os Estados Unidos, a mulher e o cachorro” (1960). Navarro era dono de múltiplos talentos: pintor, poeta, cronista, contista, teatrólogo. Nos anos 40, estudou pintura na Escola de Belas Artes, no Recife, convivendo com grandes pintores como Lula Cardoso Aires e Augusto Rodrigues. Anos mais tarde, estudou gravura com Goeldi, no Rio, e foi amigo de Pancetti. Nos anos 60, viajou a Paris, convivendo com a boemia parisiense. A passagem de Navarro pela Confeitaria Delícia ficou registrada em algumas crônicas e livros, como o mencionado de autoria de José Alexandre Garcia.
A memória do professor Melquíades, no Bar de Lourival, está presente em duas placas de bronze, colocadas em homenagem póstuma, pelos amigos dele da Confraria dos Inocentes, entidade que se reunia aos sábados. Ao todo, o bar conta com três placas de bronze com homenagem póstuma, duas em homenagem ao Profº Melquíades e outra em homenagem ao economista Eldo de Souza Leite. Numa delas, pode se ler: “Cátedra de vida – Professor José Melquíades. Sua cadeira profissional nas escolas e universidades onde lecionou, espargiu erudição e cultura sobre as gerações de privilegiados alunos. Mas, foi na cátedra da vida, nos bares, onde prazerosamente sorvia sua cerveja e convivia com os amigos, que ele deixou os maiores exemplos de humanismo e de sua inexcedível verve, muitas vezes salpicada do humor e da ironia inerentes aos espíritos superiores. Homenagem dos seus saudosos amigos. Natal, 06 de janeiro de 2002”. Na segunda placa se ler: “Homenagem dos sócios da Confraria dos Inocentes ao Confrade José Melquíades de Macedo. Seremos seus eternos amigos. A sua memória continuará viva, sempre renovada aos sábados. Juvan Gomes, Airton Macedo, Marcos Maurício, Lourival Lúcio, Fernando Melo, Luiz Bezerra Júnior, Antônio Sá Martins, José Hélio Pereira, Gil Peres, José Magela Cabral, Pedro Melo, Amilson Dantas, Racine Santos, Admilson Júnior, José Nicodemos, Airton Freire Duarte, Antônio Carlos Hassan, João Batista Cabral, Ubiratan Queiroz, Ademar Câmara – Natal, 06 de janeiro de 2002”.
Na terceira placa, em homenagem a Eldo de Souza, está escrito: “Homenagem dos sócios da Confraria dos Inocentes ao Confrade Eldo de Souza Leite. Seremos seus eternos amigos. A sua memória continuará viva, sempre renovada aos sábados. Fundadores: Juvan Gomes, José Melquíades, Airton Macedo, Marcos Maurício, Lourival Lúcio, Fernando Melo, Luiz Bezerra Júnior, Antônio Sá Martins, José Hélio Pereira, Gil Peres, José Magela Cabral, Pedro Melo, Amilson Dantas, Racine Santos, Admilson Júnior, José Nicodemos. Natal, 06 de julho de 2001”.


3 – O dono do bar

Nascido em 11 de agosto de 1923, em Arez, Lourival Lúcio veio morar em Natal, aos dez anos de idade. O pai, o agricultor Francisco Lúcio da Silva, morreu aos 40 anos. A mãe, Maria Lúcia da Silva, era dona de casa. Lourival tem duas irmãs, uma das quais viva e a outra já falecida. Na capital, a primeira profissão dele foi auxiliar de enfermagem no antigo Hospital Miguel Couto, que posteriormente passou a ser Hospital das Clínicas e hoje é o Hospital Universitário Onofre Lopes. Ali, ficou durante cerca de três anos e de lá foi trabalhar na Pan Air do Brasil, no Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, na época da 2ª Guerra Mundial, quando aquele município serviu de Trampolim da Vitória para as tropas americanas que se dirigiam em vôos para o front na África. Em Parnamirim Field, como se dizia à época, Lourival, que aprendera algumas palavras de inglês, trabalhou diretamente com os soldados norte-americanos e, além da movimentação das tropas, ele e milhares de natalenses tiveram contato pela primeira vez com os costumes americanos, como beber coca-cola, ouvir FM, vestir jeans. Era a americanização que começava a se espalhar pelo mundo.  Dessa época, Lourival guarda uma relíquia: uma carteira de assessor de gerente do aeroporto. Na carteira, escrita em inglês, dá para ler alguns trechos: “Air Transport Command... Identification nº... Lourival Lúcio... 28-3-1943...”  No final da guerra, pouco tempo depois Lourival foi trabalhar na filial de uma firma do Rio de Janeiro. Trabalhava vendendo meias femininas, bolsa de couro crocolilo, relógios. De lá foi trabalhar no Banco do Povo, na área de serviços gerais. Passou 18 anos na Portaria, como Chefe de Contínuos. O Banco do Povo funcionou no prédio onde hoje funciona Tribuna do Norte. No banco, trabalhou como escriturário, Caixa, foi assessor de gerente. Saiu de lá quando o banco foi incorporado pelo banco da Bahia. Quando saiu do banco, passou a se dedicar ao bar, que f. O bar foi fundado há 45 anos, em maio. Funcionou inicialmente em terreno onde hoje está instalada a sede da 96 FM. O imóvel era de propriedade de terceiro e ao ser vendido, Lourival fez o bar em terreno da casa ao lado, explica Lourival Júnior, que foi bancário durante 12 anos no Bandern. Estudou Física na UFRN, mas quando estava no último ano, fez reopção para Economia, para poder estudar à noite e conciliar com o horário do trabalho. Passou um tempo afastado do curso, mas retornou desde 2002 e está em fase de conclusão.
Antes, o estabelecimento era mercearia e bar, quem tomava conta era a esposa, Liege Carrilho da Silva. A firma era no nome dela e depois passou para o nome de Lourival. Dona Liege faleceu em 14 de fevereiro de 2002, aos 70 anos de idade. O casal teve nove filhos: Lúcia, Luciano, Lucimar, Lourival, Liana, Lígia, Leila e Leonardo. Desses, faleceu Luciano em abril de 200(?). Ao todo, Lourival tem 13 netos e um bisneto. Dos filhos, seis são formados, os netos se formando em nível superior

4 – Boêmios que marcaram época

Dos boêmios das antigas, Lourival lembra-se de vários nomes, dentre os quais o do engenheiro Roberto Freire, que marcou época com suas aventuras pelas noites boêmias. Lourival conta que certa vez Roberto Freire o convidou para ir a uma pescaria no viveiro de peixe, de propriedade dele, Roberto. O viveiro localizava-se às margens do Rio Potengi, em Igapó. Lourival aceitou o convite e foi até lá. Em outra ocasião, acompanhou o engenheiro em noitadas do boêmio na Peixada Potengi, na Ribeira, e Peixada do Arnaldo, nas Rocas. Mas nem sempre Roberto convidava os amigos para atividades relaxantes como  pescaria, ou divertidas como sair pela noite. Às vezes, ele gostava de aprontar com os amigos. Um dia, ele convidou um grupo de colegas para ir ao frigorífico que possuía na Ribeira. Quando chegaram lá, ele abriu a porta do frigorífico, mandou a turma entrar e fechou a porta, deixando todos literalmente numa fria! Mas abria logo a porta, às gargalhadas com o susto dos amigos. Da turma de antigos boêmios, figuram ainda Luiz de Barros, Geraldão, Paulo Guerreiro, Erivan, Luís Tavares, Bertino Eufrázio, Walter Alípio, dentre outros.
Além de profissionais liberais, desembargadores já freqüentaram o bar de Lourival, dentre os quais João Meira Lima e Rafael Godeiro, todos sempre atendidos com eficiência e gentileza pelos garçons, Severino Ferreira, ou Berino como é mais conhecido, 45 anos, dos quais desde 197, trabalhando no bar, e José Nicodemos, Nicó, que está por lá desde 1981. Ao longo desses anos do bar vários outros garçons trabalharam, dentre os quais Tajeba, Batista. Tinha um deles que imitava a voz do Pato Donald com perfeição. Dentre os jornalistas que freqüentaram ou freqüentam o bar, figuram: Aléxis Gurgel, Rubem Lemos, Sanderson Negreiros, João Gualberto, Berilo Wanderley, Vicente Serejo e Aluísio Lacerda, Machadinho, Clóvis Santos, Airton Bulhões, Célia Freire, Thais Marques, Roberto Guedes, Jóis Alberto, Luiz Gonzaga Cortez, Valdecir Santana, Jurandir Nóbrega, os repórteres fotográficos Carlos Silva, Carlos Santos, Marco Polo, o diagramador Enéas Paiva. E mais:Jânio Vidal, Ricardo Rosado, Casciano Vidal, Enio Sinedino, Guiba Melo, Jorge Luis, Diógenes Dantas, Gerson de Castro. Da Rádio Poti, Ademir Ribeiro, Sinésio Ferreira, Nilton Marcolino, Vanildo Nunes, Catolé, Paulo Tarcísio. Dos médicos que freqüentaram o bar, figuram Dr. Mesquita, Dr Sadi Mendes, Dailor Pessoa, José Rocha, Jair Navarro. Dos políticos, muitos apareceram por lá em época de campanha ou para fazer política, mas alguns o  foram boêmios de verdade, como Érico Hackradt. Dos advogados, Diniz Câmara, Getúlio Teixeira, José Umberto Dutra – que também é escritor, autor do romance Geração dos Maus. Dos artistas, Racine Santos, Edmar Viana, Newton Navarro, poetas Edson Peres,J. Medeiros, João Gualberto, Luís Carlos Guimarães, Vatenor, Assis Marinho, Jordão, Carlos Zen, músicos da orquestra, Liz Noga, seresteiros Glorinha Oliveira, Expedito e Santiago, sanfoneiros Zé Menininho e Expedito.
Dos artistas de fora, que já passaram por lá, figuram desde os saudosos Luiz Gonzaga – o maior do forró em todos os tempos – e Altemar Dutra, um dos maiores nomes da música romântica e seresteiro, a nomes populares como  Waldick Soriano e Beto Barbosa. Da

CARACTERÍSTICAS

O Bar de Lourival tem a característica de ser freqüentado principalmente por homens. Antes que alguém o acuse de uma espécie de Clube do Bolinha, é bom que se diga que hoje as mulheres também o freqüentam e na história algumas mulheres passaram por lá.    


FOTOS

Fotógrafo, Rodrigues. Marcos Maurício, Marcos Neto, Eudo Leite (já falecido), Siqueira, Gilvan Gomes, Airton de Macedo, Luís Bezerra de Figueiredo (Júnior). Mais fotos: Lourival, Nicó, o advogado Getúlio Teixeira.

Foto com seu Poty.

CARNAVAL

*Lourival em antigos carnavais, com amigos no blocos “Deliciosos na Folia”, na época em que era solteiro, na época da guerra.







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