domingo, 16 de março de 2014

DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014

André Batista faleceu na manhã de hoje.

Fonte: Candelariaeasuarealidade.blogspot.com
16.03.14
Será sepultado na tarde de hoje, no cemitério de Nova Descoberta, o sr. André Batista, 94, residente na rua Trajano Murta, Candelária. Conhecido como "Almirante André", alcunha carinhosa colocada pelos amigos e boêmios frequentadores do "Bar de seu André", em virtude do falecido ser aposentado dos Fuzileiros Navais, onde trabalhou mais de 30 anos como integrante do setor de serviços gerais da intendência, passando para o Quadro de Inativos como "Cabo".
André Batista era natural de Sacramento, hoje Ipanguassu, deixou viúva e filhos.
Em 1992, concedeu entrevista ao repórter Luiz Gonzaga Cortez, publicada na Tribuna do Norte e republicada no livro "A Revolta Comunista de 1935 em Natal" ,edição de 2005, na qual André Batista afirmou que conheceu "Luiz de Né", em Sacramento, como era conhecido Luiz Gonzaga de Souza, vulgo Doidinho, em Natal, após a rebelião do 21º BC. Na matéria, André Batista disse que o tal "Luiz Gonzaga, que conheceu menino, era mesmo louco". A entrevista nunca foi desmentida por ninguém, até hoje.
Andrè Batista, ao centro, com camiseta vermelha (era torcedor do América F. Clube). A foto tem cerca de 10 anos.

Causos
Foram muitos os "causos" ocorridos no bar onde imperava a cachaça "Pau Dentro", uma mistura de aguardente com cascas de Jatobá e canela. Um dos "causos é o caso da taínha.

Tainha do Mar
Batista era um velho freguês do bar de André Batista, capitão de longo curso, 83 anos, aposentado da Marinha. Batista, que não era parente de André, gostava de filosofar. Certo diz, disse ao velho: "Irmão, não é porque morre tainha que o oceano vai se cobrir de luto". ( Ele se referia a um grande cardume de tainhas mortas numa praia do sul do país por causa de contaminação de resíduos industriais.
Aldemir, freguês e afilhado de André, querendo beber ( de graça), convida o dono do bar para tomar umas lapadas, mas o velho se recusa, fica balançando na cadeira, calado, só na mutuca. Lá pras tantas, Aldemir querendo filosofar também, diz para o velho: "Pai, não é porque morre tainha no mar que o grande oceano vai ficar de veloro". E foi beber sózinho.

Cachaça medicinal é o "Pau dentro".


Feita à base de cascas de jatobá e aguardente importada de um estado nordestino, a cachaça "Pau Dentro" é a mais nova invenção etílica de "Toinho Bigode", dono de um bar na rua Trajano Murta. A fórmula é segredo comercial e já está patenteada. Informalmente, a denominação já existia nos tempos do Bar do Almirante André Batista, um aposentado da Marinha, 94, morador das proximidades. Pois bem, Toinho Bigode, como é conhecido em Candelária, 69, decidiu utilizar seus conhecimentos de química e criar uma nova marca de aguardente que, segundo se propala entre os seus degustadores, é uma bebida afrodisíaca. Isso porque contém cascas de jatobá marinada com cachaça durante dias, canela, gengibre e etc.
Adotando as cores verde e preta nos garrafões plástico de 3 litros e garrafinhas de 300 ml, com preços diferenciados, Toinho já pensa em exportar o Pau Dentro para o mercado nacional e internacional. Quem sabe, a idéia pode ser viabilizada, caso ele consiga um sócio disposto a investir na novel infra-estrutura comercial, circunscrita ao bairro de Candelária.(Ao fundo, à esquerda, os vasilhames da cachaça artesanal). A garrafinha de 300 ml custa apenas R$ 5,00. Pedidos: (84) 9994 9294  8767 3463     9147 1304
Toinho Bigode

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