- 28 outubro 2016
Espaço dedicado aos bares e restaurantes do passado e do presente de Natal e Grande Natal.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Como uma funkeira 'negra e gorda' virou símbolo de beleza e voz da favela
Renata Mendonça - @renata_mendoncaDa BBC Brasil em São Paulo
Carolina tem 23 anos e aprendeu na escola, ainda criança, aquele que seria seu rito de sobrevivência no Morro do Preventório, comunidade no bairro de Charitas, em Niterói (RJ): bater para se defender. A vida toda ela ouviu piadas sobre seu peso, sua cor, suas origens - e sempre respondeu "na porrada".
"Sofri um pouquinho na escola. Mas nada de chorar, de ficar deprimida… eu saía na porrada, apanhava e batia. Fui criada assim. Chegava em casa toda marcada e falava: não, não aconteceu nada", resume.
Criada pelos avós, foi morar sozinha aos 14 anos, quando o avô faleceu. Logo desistiu de brigar - e da própria escola, antes mesmo de iniciar o Ensino Médio.
"Eu queria ser juíza, mas, quando meu avô morreu, percebi que era só sonho de criança. Que o pobre, o negro, pra chegar até juiz é um mar sem barco."
Os anos passaram e Carolina virou MC Carol Bandida, ou simplesmente MC Carol, uma funkeira famosa que tem cerca de 300 mil seguidores só no Facebook. Mesmo assim, as ofensas que ouve desde pequena continuam.
Às vezes, surgem até em forma de ataque coletivo em suas páginas nas redes sociais, como aconteceu neste ano, quando ela registrou queixa na Delegacia de Crimes de Informática.
Sua resposta, porém, mudou: não é mais a violência - é a música.
Garota-propaganda de uma marca de beleza desde agosto, Carol fez um verso para o anúncio no qual se descreveu com "um olhar confiante, na voz, na atitude. Vou mostrar que ser negra e gorda é virtude".
"A gente está acostumado a ver negros sendo chicoteados na TV. E quando aparece um negro sendo principal, isso abre a mente das pessoas", afirma em conversa com a BBC Brasil.
Violência
Sem pai, nem mãe - ela se recusa a falar sobre eles -, Carol cresceu em meio à violência e se apropriou dela para reagir a qualquer tipo de agressão que julgasse sofrer.
Chamavam de gorda? Batia. Chamavam de macaco? Apanhavam. Diziam que tinha que voltar para jaula? Fazia-os voltar para o chão.
"Eu cresci na defensiva, achando que tudo tinha que resolver na porrada", reflete hoje.
A reação aos xingamentos e preconceitos foi sempre essa. Ela nunca chorou, sempre bateu - e muitas vezes também apanhou. Quando cresceu, sobrou até mesmo para seus namorados.
A menina viu a tia apanhar do marido, soube que com a vó não era diferente e concluiu sozinha que havia um denominador comum: "para mim, em um casamento, alguém sempre tinha que bater e alguém sempre tinha que apanhar".

"E eu pensava: não vai ser eu (que vou apanhar)", diz.
"Foram pelo menos três mulheres da minha família. E eu não queria isso mesmo para a minha vida. Eu falei: tá maluco? Eu vou crescer e vou meter-lhe a porrada no meu marido. Aquilo ali mexeu muito com a minha cabeça."
E foi o que ela fez com alguns namorados. Um deles levou um soco ao chamá-la de "safada". Outro partiu para cima dela - e acabou "caindo" na escada.
Carol admite que nem precisava de muito para ela partir para a violência.
"Falar alto comigo já era motivo de eu agredir, nem precisava xingar."
"Hoje em dia, estou bem melhor. E acho que isso reflete muito na criança. Mais ainda no homem. O menino que cresce vendo o pai espancando a mãe… qual é a porcentagem de chance de ele crescer e não agredir uma mulher, se ele vê aquilo ali todos os dias?"
Hoje, Carol transformou a experiência pessoal em desabafo - em forma de funk. Em uma parceria com outra MC, a paranaense Karol Conka, lançou neste mês a música 100% feminista, que em uma semana somava mais de meio milhão de visualizações no Youtube.
"Presenciei tudo isso dentro da minha família, mulher com olho roxo, espancada todo dia. Eu tinha uns cinco anos, mas já entendia que mulher apanha se não fizer comida. Mulher oprimida, sem voz, obediente. Quando eu crescer eu vou ser diferente. Eu cresci, prazer, Carol Bandida. Represento as mulheres, 100% feminista", diz a letra.
Beleza
Depois de vinte e poucos anos ouvindo xingamentos e chacotas sobre sua aparência, Carol teve a redenção que nunca nem sequer imaginou.
No último mês de julho, a Avon, uma das principais marcas mundiais de cosméticos, a convidou para participar de uma campanha de maquiagem para o público brasileiro. A Carol Bandida, "negra, gorda e da favela" foi parar na TV como modelo de beleza.
"Fiquei muito feliz. Porque é tão difícil ver isso - e é muito importante. Não me lembro de ter visto uma mulher negra e gorda em comercial de beleza", diz.
Ela reforça que, mais do que uma satisfação pessoal, a campanha toca milhões de mulheres que sofrem o que chama de "preconceito indireto".

"Pô, se eu ligo a televisão e só vejo loira, magra de cabelo liso… Cara, que autoestima eu vou ter de sair na rua? Quando eu entro em uma loja e não acho roupa do meu tamanho, um short do meu tamanho… isso é um preconceito indireto. Quer mostrar para mim que eu sou anormal."
Uma de suas postagens mais curtidas no Facebook traz uma foto em que uma mulher acima do peso pratica ioga, vestida com roupa de ginástica. O texto diz: "Quero apenas provar que ser gorda não é sinal de depressão, limitação ou qualquer outra coisa negativa!".
A postagem teve mais de 93 mil likes e 15 mil compartilhamentos.

É um assunto que Carol sempre faz questão de levantar.
"Por que o Miss Brasil não tem mulheres gordas? Eles querem mostrar pra gente que as mulheres mais bonitas são as mulheres magras, sempre. Eles querem impor que a gente tenha que vestir 36, 34. E isso é absurdo."
Voz da favela
Para quem acusa o funk de ser apenas "putaria, incitação ao sexo ou à violência", Carol responde rápido:
"O preconceito com funk é uma ignorância. O rap, o hip hop internacional, o forró falam as mesmas coisas, às vezes até mais pesadas."
"É porque o funk veio da comunidade. Até um tempo atrás, MCs e DJs eram parados pela polícia, perdiam equipamento, eram vistos como bandidos."
O estilo musical é a voz que as favelas não têm na sociedade, ela diz. E garante: é por causa dele que muita gente se livra do caminho do tráfico.
"O funk representa trabalho. O tráfico abraça as pessoas na favela. E digo por mim mesma: o que seria de mim hoje? Eu poderia estar até morta se não cantasse. E o funk é a nossa voz, a gente pode botar a boca no trombone, estar na televisão, jornais, redes sociais… falar o que acontece lá, na comunidade."
Uma das recentes criações de Carol com maior repercussão chama-se Delação Premiada. A inspiração veio do noticiário político-policial, que mencionava esse termo, cujo significado ela não fazia ideia, todos os dias.

"Fui pesquisar e descobri que delação premiada era ganhar um prêmio para 'xnovar' (sic) o amiguinho. Só que isso não existe na comunidade."
O resultado foi um funk em que ela canta sobre a violência policial na favela.
"Lá, quando eles querem saber alguma coisa, eles vão lá no moto-táxi, chamam o garotinho e dão uma voltinha com ele... Ou, se não, só ameaçam. Aí o pessoal já conta, porque ninguém quer dar uma voltinha com eles. A voltinha pode não voltar. O Amarildo deu uma voltinha", diz.
"Eu quis botar o tema da música pra poder intrigar a pessoa que não sabe o que é isso. Pra pesquisar, procurar saber."
Por causa de seus posicionamentos fortes, Carol é reconhecida por seu público como feminista. Mas ela garante que só descobriu o que é feminismo há menos de um ano.
"Nasci para ser uma mulher forte. Tenho muito orgulho dessa força que eu tenho. Mas eu não sabia que tinha um nome pra isso. Eu achava que o nome era 'sapatão', porque eu sempre ouvi desde pequena que era sapatão."
"Eu não sabia o que era, mas eu tinha uma parada dentro de mim do tipo: não abaixe a cabeça para ninguém. Nunca aceitei meu lugar de mulher no mundo."
domingo, 30 de outubro de 2016
O Capitão.
François Silvestre*
Estávamos no Amarelinho, na Praça Floriano, da Cinelândia, há quantos anos? Não lembro. Aurélia, Felipe e eu. Felipe ainda de colo; hoje joga bola na Praia do Flamengo, num time de moleques da escola onde estuda na Rua Buarque de Macedo. No Catete. Mas, voltemos ao fato. O bar estava quase lotado. Quando vejo, vindo do lado da estação do metrô, o Capitão Carlos Alberto Torres. Ao passar por nós, falei: “Capitão”. Ele parou e dirigiu-se a mim. Abraçamo-nos e conversamos por alguns minutos. Não foi muito tempo, mas foi suficiente pra chamar a atenção do bar.
Quando ele saiu, deixou um aceno de quem parecia ter visto um amigo antigo. Foi assim. Aurélia se culpa de não ter registrado o “encontro”, por uma foto do celular. Rubinho Lemos me admoestou: “França, seu galado, você não registrou isso”?
Soube agora que o Capitão partiu. Fico vendo a cena do drible de Tostão, lá da linha de fundo, sem olhar, passando a bola pra Pelé, que esperou a vinda de Carlos Alberto Torres, ao dar o passe perfeito e ver o Capitão estufar a rede italiana e marcar o quarto gol do Tri.
Valeu, Capitão!…, O tempo era escuro naquele tempo, hoje é claro no escuro. E no futebol é cinza!
*Com post no Substantivo Plural
Foto relacionada à publicação
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Postado por João Bosco de Araujo no AssessoRN.com em 10/30/2016 08:49:00 AM
terça-feira, 25 de outubro de 2016
CULINÁRIA
Pitadas: Sopa de abóbora com laranja e gengibre
A chegada da estação das folhas alaranjadas à Alemanha traz consigo a época de abóbora e das muitas versões de sopa do fruto de sabor adocicado. Aprenda uma receita levemente picante e ótima para a imunidade.
No outono, as abóboras invadem as gôndolas dos supermercados, as feiras de rua e até mesmo as soleiras e parapeitos das casas na Alemanha, onde servem de decoração em suas mais variadas cores e tamanhos. Os tons alaranjados e amarelos combinam perfeitamente com as folhas das árvores nesta época do ano. Também os menus de restaurantes dedicam espaço ao fruto, sendo a sopa de abóbora – ou kürbissuppe – um dos pratos mais servidos.
Dez mil hectares do país são usados para o plantio da planta, sobretudo na Baviera, em Baden-Württemberg, na Baixa Saxônia e na Renânia do Norte-Vestfália. O auge da temporada ocorre nos meses de setembro e outubro. Entre as centenas de variedades existentes do fruto, a abóbora do tipo Hokkaido (Cucurbita máxima) – redonda, laranja e de origem japonesa – é uma das mais apreciadas no país.
As abóboras pertencem ao gênero Cucurbita, e acredita-se que o nome do fruto em alemão – kürbis – tenha derivado do termo em latim, sem a primeira sílaba. Primeiro nasceu a palavra Kurbitz, que depois se transformou em Kürbis.

Entre as centenas de variedades existentes, a abóbora do tipo Hokkaido é uma das mais apreciadas na Alemanha
Supostamente por suas sementes abundantes – que aqui na Alemanha são muito apreciadas em pães, meus favoritos –, a abóbora foi por muito tempo considerada um símbolo da fertilidade. O fruto era venerado da América do Sul à África e à China, sendo sua casca usada para construir vasos. Talvez tenha vindo daí a tradição de cavoucar as abóboras para o Halloween, popular nos EUA e que vem ganhando força aqui na Alemanha.
A abóbora não apenas tem um sabor suave e delicioso, como também é muito saudável. Ela contém betacaroteno, que fortalece o sistema imunológico, é rica em potássio e tem propriedades diuréticas. Além disso, o fruto tem muitas vitaminas, ácido fólico e poucas calorias.
As muitas variedades de abóbora crescem a temperaturas acima dos 18°C, e a colheita é feita de 85 a 150 dias depois do plantio. Por isso, a planta se desenvolve bem no verão alemão e é consumida no outono. No Brasil, o fruto está disponível em grande parte do ano e é muitas vezes servido doce. Já aqui, do outro lado do Atlântico, os alemães preferem utilizá-lo em pratos salgados.
Para mim, sopa de abóbora é uma comfort food, não apenas em dias frios, com sua textura grossa e sabor adocicado. As receitas por aqui muitas vezes vão além do ingrediente principal, levando leite de coco ou maçã, por exemplo.
Aprenda uma receita com laranja e gengibre, ótima para aumentar a imunidade*:
Ingredientes (para 4 a 6 pessoas)
1 kg de abóbora (pode ser da japonesa, a kabochá)
1 cebola
1 colher (chá) de sal
Um pouco de manteiga
2 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de noz-moscada
2 colheres (sopa) de vinagre de maçã ou vinho branco
2 a 3 colheres (chá) de gengibre ralado
2 l de água
2 cubos de caldo vegetal
Casca de uma laranja
Pimenta Tabasco (opcional)
4 colheres (sopa) de sour cream ou creme de leite
Modo de preparo
Picar a cebola. Remover as sementes e picar a abóbora. Refogar numa panela a abóbora e a cebola na manteiga. Acrescentar a água quente com o caldo vegetal. Cozinhar por cerca de meia hora e bater no liquidificador. Temperar com o sal, o vinagre, a noz-moscada, o gengibre, a casca da laranja ralada e algumas gotas da pimenta. Acrescentar o sour cream ou creme de leite e não deixar mais ferver antes de servir.
*Receita traduzida e adaptada do livro Die Magie der Küche: Rezepte durch vier Jahreszeiten, de Fred Neuner e Michaela Haager
Toda semana, a coluna Pitadas traz receitas, curiosidades e segredos da culinária europeia, contados por Luisa Frey, jornalista aspirante a mestre-cuca.
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- Data 25.10.2016
- Autoria Luisa Frey
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Filha de policial militar precisa de doações de sangue.
A função principal do policial militar é servir e proteger a sociedade, independente de qualquer situação ou contratempo. Entretanto, neste momento é um PM que precisa de ajuda da população. O sargento Ronildo Lima, comandante do destacamento da cidade de Campo Grande/RN e com 27 anos de serviços prestados na Polícia Militar do Rio Grande do Norte, está com sua filha, Maria Gabriela Dantas Amaral, de apenas 15 anos, internada no leito 88 do Hospital Infantil Varela Santiago, se tratando de uma leucemia mielogênica aguda e precisa de doação de qualquer tipo de sangue de maneira urgente.
Para realizar a doação, basta ir até o Hemonorte, indicar que a doação é para Maria Gabriela, e depois levar o comprovante para o responsável ou no HATMO (Humanização e Apoio ao Transplantado de Medula Óssea do Rio Grande do Norte).
Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (84) 98805-8496 e 3217-6491.
Assessoria Imprensa Sesed
Imagem relacionada à divulgação
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Postado por João Bosco de Araujo no AssessoRN.com em 10/17/2016 04:21:00 PM
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
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domingo, 11 de setembro de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Uma pessoa precisa
urinar, mas está muito envolvida em seu trabalho, "presa" à mesa
terminando de escrever um e-mail urgente (e talvez, respondendo outro em
seguida). Ou então está acabando alguma tarefa em casa.
Ou pode ser uma pessoa com vontade de fazer xixi enquanto está
na rua, mas prefere segurar até chegar em casa a ter que usar um
banheiro público que provavelmente não deve estar tão limpo.Em todos esses casos, as pessoas podem esperar tanto que, quando finalmente têm a chance de ir ao banheiro, está dando pulos, fechando as pernas com as mãos - e com a sensação de que a bexiga está para explodir.
Mas essa espera até o último momento pode causar algum problema para a saúde?
Para especialistas consultados pela BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, adiar a hora de urinar não causa problemas na maioria dos casos.
"Não vai acontecer nada a uma mulher jovem que está trabalhando ou fazendo alguma coisa em casa e adia a ida ao banheiro porque está cuidando do filho (por exemplo)", esclareceu Gustavo Villar, chefe do departamento de urologia do Hospital Espanhol de Buenos Aires.
Villar diz que adiar voluntariamente o ato de urinar não causa infecção urinária. "Não há nada que diga 'sim' a isso."
"Agora, se a paciente já tem uma doença e uma patologia de infecções urinárias repetidas, bexigas hipoativas devido a questões neurológicas ou por diabetes, é outro assunto."
"No caso da mulher jovem que não vai urinar porque está fazendo outra coisa, se isto pode causar um transtorno no futuro? A resposta é não (...) Quando uma pessoa não vai (ao banheiro) porque está assistindo à novela, não acontece nada", disse o médico.
Mas Villar lembra que "se seu organismo permite que você fique 12 ou 14 horas sem urinar tomando líquido é porque é uma bexiga que já não está normal. Algo está acontecendo com este paciente".
Infecção urinária
Gustavo Villar explicou que se uma pessoa jovem desenvolve infecção urinária "com certeza não é por segurar" o xixi."Ela se infecta por outros mecanismos, porque tem problemas intestinais, não faz uma boa higiene (...), ou pelo sangue, uma infecção que está do outro lado do corpo e aparece na bexiga como pode aparecer em qualquer outro órgão."
Por outro lado, o médico lembra que é mais comum que as mulheres consigam segurar o xixi melhor que os homens e isto se deve ao fato de a mulher ter uma bexiga com características diferentes.
"A bexiga da mulher tem uma parede menor, a mulher tem uma pelve diferente e não tem próstata, então pode ser dar ao luxo de aguentar um pouquinho mais", explicou.
Retenção crônica
Segurar o xixi é normal e não causa problemas mas é importante não confundir isto com problemas como a retenção urinária crônica, "quando a bexiga não esvazia completamenta quando (a pessoa) vai urinar", disse à BBC Mundo o urologista britânico George Yardy, do Ipswich Hospital, na Inglaterra."Algumas pessoas podem ter restos de cerca de meio litro de urina. Para alguns, isto não causará nenhum problema, mas outros podem desenvolver infecções urinárias ou até cálculos."
Yardy disse que existe a possibilidade em menor proporção de que segurar a urina muitas vezes poderia contribuir para o desenvolvimento de uma retenção urinária crônica.
"Mas ainda não se compreende com clareza por que algumas pessoas desenvolvem a retenção urinária crônica", explicou Yardy.
Yardy acredita ser "provável que uma parte daqueles com retenção urinária crônica seja de pessoas que urinam com pouca frequência, a bexiga tenha se expandido e não conseguem esvaziá-la completamente".
"Nem todos os que urinam pouco acabam com retenção urinária crônica, mas é possível que uma parte desenvolva a retenção com infecções urinárias recorrentes", afirmou.
Mas o médico alerta que é importante esclarecer que esta ligação é apenas uma hipótese, que segurar o xixi voluntariamente e a retenção urinária crônica são duas coisas totalmente diferentes.
"São crianças que não urinam com frequência e acabam tendo bexigas com mais capacidade que não se esvaziam completamente."
Para estes casos é importante fazer uma mudança de comportamento.
"É preciso estimulá-los a ir ao banheiro mais vezes e garantir que o façam a cada duas ou três horas, preferivelmente a cada duas horas, e fiquem ali todo o tempo necessário", disse o o urologista britânico.
"Muitas vezes este é o único tratamento que eles precisam e suas bexigas se recuperam."
Dois litros de água
Algo que não gera dúvidas entre a maioria das pessoas é a importância de tomar água, mais precisamente cerca de dois litros por dia.Mas qual é a importância disso para a saúde do aparelho urinário?
"Porque é uma varredura mecânica, limpa os rins, os uréteres e a bexiga. É como a água de um riacho que vai passando e limpando, não para. E, ao não parar, impede a colonização por bactérias, formação de cálculos e todo o resto", disse Gustavo Villar à BBC Mundo.
"E a recomendação para pacientes com infecção urinária é que tomem muito líquido", acrescentou.
Mas Villar afirma que é melhor ter cautela com a água mineral.
"A água mineral às vezes tem muito sódio, potássio e outros eletrólitos", que podem causar problemas para hipertensos, segundo o médico
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