domingo, 25 de maio de 2014

Àlcool, embriaguez e alcoolismo.

Por Walter Medeiros*
Um dos dados históricos importantes sobre bebidas alcoólicas mostrou que a arrecadação de impostos no Brasil decorrente da produção e comercialização daqueles produtos significavam 2.8% do Produto Interno Bruto – PIB. Mas outro dado logo mostra que o Governo gasta o correspondente a 5.4% do PIB para corrigir os estragos causados pelo álcool. Isto porque as pessoas embriagadas findam envolvendo-se em acidentes, confusões, brigas, questões e tudo isso requer a participação do Estado, através de serviços de polícia, saúde, justiça e outros. Muitos acidentes de trânsito, crimes, separações, mortes são resultado do uso das bebidas alcoólicas.
A bebida alcoólica, para quem pode beber socialmente, descontrai os ambientes e cria um clima festivo comum em todas as camadas sociais. O uso excessivo do álcool, no entanto, provoca a embriaguez e a consequente falta de reflexos para seus consumidores. É da embriaguez que vem as consequências, pois as pessoas embriagadas perdem a noção das coisas e os próprios reflexos. Quando menos esperam as pessoas estão diante dos desastres mais impensados: carros virando ou batendo, pessoas atirando e matando ou ferindo as outras, agressões e violências físicas ou verbais, acidentes do trabalho, tudo que provavelmente não ocorreria caso as pessoas não tivessem bebido.
Com o passar do tempo, as pessoas que têm pré-disposição ao alcoolismo vão se envolvendo de forma constante com a vida de bebedor e aí o álcool leva para elas outros riscos importantes. Desta vez vai comprometer a saúde, pois o uso constante do álcool pode desencadear doenças as mais diversas, em órgãos como fígado, coração, intestinos e cérebro, com a morte dos neurônios. Estas pessoas vão paulatinamente formando um grupo específico, o grupo dos chamados alcoólatras ou alcoólicos, que também vivenciam os riscos daquele grande grupo de bebedores, através do que poderia ser considerado um estado mais genérico, a embriaguez.
Esta realidade pode servir para vermos claramente diferenças que existem no uso da bebida alcoólica. As pessoas que fazem uso do álcool podem ser separadas como as que bebem socialmente e nunca enfrentam problemas por causa da ingestão da bebida; as que se embriagam, correm riscos e até podem se arrebentar após alguma farra; e as que bebem por serem afetadas por uma doença chamada alcoolismo. Trata-se de situações que precisam ser compreendidas e enfrentadas, na medida em que é preciso proteger a sociedade do uso nocivo do álcool.
No caso dos bebedores sociais, dificilmente terão problemas, pois bebem algo, param e retomam a vida normalmente mesmo depois de festividades. Aquelas que se embriagam ou bebem além da conta, tanto podem ser protagonistas de desastres como podem parar nas estatísticas da chamada Lei Seca, que controla motoristas irresponsáveis. Os alcoólatras, por fim, passam por todas as situações anteriormente citadas, pois em alguma ocasião pode até beber socialmente, seja qual for o motivo; pode embriagar-se e enfrentar problemas na família, no trabalho e na sociedade, mas vão além de tudo isso.
Para entender melhor a situação dos alcoólatras, é importante lembrar que o alcoolismo é uma doença progressiva, incurável e fatal. Progressiva, porque tem fases sucessivas: a adaptação, quando a pessoa começa a ter contato com a bebida; a tolerância, quando a pessoa bebe muito e o organismo vai suportando; e a dependência, que é quando a pessoa não consegue viver sem a bebida. É incurável porque até agora não se descobriu uma forma de fazer os alcoólatras beberem sem problemas. E é fatal (o alcoolismo), porque em muitos casos leva a pessoa à morte, seja por acidentes, incidentes ou doenças decorrentes do uso da bebida.
Em meio a tudo isso, o que mais choca é ver a bebida sendo vendida e usada por menores de idade, embora a lei proíba; é ver atletas e esportistas fazendo propaganda de bebida alcoólica nos mais diversos meios; é ver a falta de controle, fiscalização e cumprimento da lei que proíbe a propaganda de bebidas no rádio e TV antes das 21:00, mas as bebidas patrocinam aberta e despreocupadamente as jornadas esportivas dos sábados e domingos à tarde.
A Organização Mundial da Saúde considera alcoolismo uma doença desde 1967. E a cada dia que passa percebemos que se trata de uma doença que mata demais; cada vez mata mais.
*Jornalista


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Postado por AssessoRN - Jornalista Bosco Araújo no AssessoRN.com em 5/24/2014 10:24:00 AM

terça-feira, 13 de maio de 2014

O IDIOTA.

O IDIOTA E A MOEDA

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
- Eu sei, respondeu o tolo. “Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam… é problema deles.

Arnaldo Jabor.